Divulgada na última semana, a nova edição da Nota de Acompanhamento de Beneficiários (NAB) apontou um leve recuo dos planos médico-hospitalares no período de 12 meses encerrado em fevereiro de 2018 após pequeno crescimento na análise anterior. O boletim mostra, portanto, uma tendência para estabilidade com crescimento lento e gradual ao longo do ano.

Na contramão desse cenário, os planos exclusivamente odontológicos continuam apresentando bom ritmo de crescimento: já são mais de 23 milhões de vínculos em todos o país. No período analisado – entre fevereiro de 2017 e o mesmo mês desse ano – esta modalidade de assistência ganhou mais de um 1,3 milhão de novos beneficiários. Todos os Estados brasileiros apresentaram crescimento na variação anual.

No mesmo período, Sudeste e Nordeste tiveram o maior crescimento. Enquanto a primeira região teve mais de 750 mil novos vínculos (variação de 5,9%), a segunda apresentou aumento de 8,3%, ou seja, mais de 340 mil novos beneficiários. Em número absolutos, São Paulo e Ceará continuam sendo destaque do boletim, com incremento de 532 mil e 113 mil, respectivamente. No subtotal das regiões, nenhuma apresentou queda de planos exclusivamente odontológicos.

Apesar do avanço sucessivo desta modalidade em todo o país, a taxa de cobertura ainda é baixa quando comparada aos planos médico-hospitalares: 11,1% contra 22,7%, ou seja, menos da metade. Vale lembrar também que ainda há uma enorme disparidade entre os Estados. Para se ter uma ideia, a maior taxa de cobertura está em São Paulo, com 18% da população coberta por esta modalidade de assistência, enquanto outros Estados têm menos de 2% da população assistida, como é o caso do Acre, com 1,7% e Roraima, com 1,8%.

Portanto, fica clara a necessidade de mais informação e conscientização sobre a necessidade de se tratar melhor do sorriso em todo o país. O debate e adesão têm sido ampliados, mas ainda há muito o que se progredir no alerta da importância de programas e serviços voltados para a saúde bucal do brasileiro.