Essa é uma pergunta que a maioria das pessoas com planos de saúde costumam fazer. Mas, antes de responder a essa questão, você precisa saber como o crescimento despesas acontece e que é algo comum em todos os lugares do mundo.

As despesas em saúde são medidas por cada pessoa e também estimuladas por diversos fatores. Vou listar para você as mais recorrentes.

  • O aumento de preços dos materiais, como luvas, seringas, órteses e próteses, por exemplo;
  • O aumento da frequência da utilização de procedimentos, ou quantas vezes o beneficiário vai á consultas, exames e internações, por exemplo
  • A incorporação de novas tecnologias, como o medicamento contra o câncer, Ibrutinibe, que pode chegar a ter um custo anual por paciente de R$767 mil;
  • Os desperdícios, podemos citar como exemplo, o excesso de exames desnecessários solicitados;
  • O envelhecimento da população, que, segundo o IBGE, poderá atingir a marca de 65,9 milhões de pessoas, em 2050;
  • entre outros.

Agora que você já sabe o que influencia as despesas em saúde, vamos tentar entender a diferença entre inflação dos preços e variação das despesas em saúde.

A inflação geral é o aumento no nível de preços de todos os produtos ofertados no mercado, ou seja, é a média desse crescimento em um período específico, como o INPC e IPCA, por exemplo.

Já a inflação de saúde, medida pelo IBGE, considera a variação dos preços dos itens “saúde” que compõem a cesta de bens pesquisados para medir inflação. O que isso quer dizer?

Entram nesse pacote, planos de saúde, honorários médicos, materiais e medicamentos, taxas e diárias hospitalares, e até produtos de higiene e limpeza. Por isso, o aumento das mensalidades dos planos de saúde não pode ser medido com base nesses índices.

Por fim, temos a variação das despesas em saúde por beneficiário que é a soma da variação de preço mais a variação da frequência, mais a combinação das duas. São os valores de consultas, materiais e medicamentos, com aumento da quantidade de utilização dos procedimentos em saúde.

Para se ter uma ideia, os planos de saúde registraram 1,51 bilhão de consultas, internações e exames feitos em 2017. Ou seja, um aumento anual de 3,4% comparado a 2016.