O preço dos planos de saúde aumentou 12,2% no ano passado quando comparado a 2014, de acordo com levantamento feito pela GO Associados.
Foi a maior alta verificada no segmento de serviços de saúde. Nos hospitais e laboratórios de medicina diagnóstica, o aumento foi de 8,4% e nas clínicas de médicas e odontológicas, a variação ficou em 9%.
“A curva de aumento dos planos de saúde destoa muito de outros serviços de saúde desde 2010, mas no segundo semestre do ano passado teve um pico de alta”, disse Fábio Silveira, economista da GO Associados. Entre outubro e dezembro, a variação mensal do convênio médico foi de 1,06% ­ percentual bem acima do setor de saúde.
No acumulado de 12 meses, encerrado em junho, o custo médico­hospitalar de operadoras e seguradoras de saúde aumentou 17,1%, segundo o Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS).
Desse custo, 59% foi referente à internação hospitalar. Os dados do acumulado de 2015 ainda não foram divulgados pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS).
O mercado de planos de saúde perdeu mais de 450 mil usuários em 2015 ­ a primeira queda no setor desde 2004 ­ por causa do aumento no desemprego.
Cerca de 65% dos convênios médicos são benefícios concedidos pelas empresas aos seus funcionários.
O levantamento da GO Associados mostra ainda um avanço de 6,9% no preço dos medicamentos no varejo em 2015. Já os remédios importados tiveram uma alta de 26,3% nos preços cotados em real e uma queda de 16,3% levando­se em consideração a moeda americana. “Essa redução em dólar é reflexo da queda das commodities no mercado internacional. Os medicamentos têm muitos insumos que sentem os reflexos do petróleo”, diz Silveira. A queda no preço do petróleo começou a se agravar no segundo semestre de 2015.
Quanto ao volume importado de medicamentos, o ano terminou com queda e quase 3%, sendo que em dezembro a baixa atingiu 7,3%.