A PGR (Procuradoria Geral da República) analisa o pedido da Prevent Senior para que se apure a responsabilidade por denúncias feitas contra a empresa.

Advogados da operadora de saúde recorreram ao órgão nesta segunda-feira (20) sob a alegação de que documentos em poder da CPI da Covid “foram visualmente manipulados e utilizados fora de contexto” com o intuito de colocá-la no foco da comissão parlamentar de inquérito do Senado e de outros órgãos de investigação.

No pedido, de 18 páginas e endereçado ao procurador-geral da República, Augusto Aras, a empresa rebateu as acusações publicadas contra ela nos últimos dias e afirma que serão desmentidas no depoimento que seu diretor-executivo deverá prestar à CPI.

A defesa da Prevent afirmou serem infundadas as denúncias de prescrição indiscriminada de cloroquina, azitromicina e ivermectina para pacientes associados e até mesmo para quem não tinha sintomas da doença.

“Há considerável possibilidade de que as ações praticadas pelos denunciantes se amoldem em tipos penais previstos no ordenamento brasileiro”, dizem os advogados.

Citando trecho do Código Penal que define o crime de denunciação caluniosa, eles afirmaram que se faz “necessária a instauração de procedimento para melhor esclarecimento dos fatos”.

A norma afirma que é crime dar causa à instauração de investigação policial, de processo judicial, instauração de investigação administrativa, inquérito civil ou ação de improbidade administrativa contra alguém, imputando-lhe crime de que o sabe inocente.

A empresa disse que essas denúncias deram início a apurações em variadas instâncias, incluindo a Promotoria de Justiça de Saúde Pública do Ministério Público de São Paulo e o Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa da Polícia Civil paulista.

​Dossiê de posse da CPI da Covid afirma que a Prevent Senior usou pacientes como cobaias em uma pesquisa com remédios do chamado “kit Covid”. Segundo o documento, a empresa omitiu sete mortes de pessoas tratadas com hidroxicloroquina.