Fernando Capez, diretor-executivo do Procon-SP, enviou mensagem para o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, nesta terça (27) pedindo que a pasta imponha à ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar) um limite aos reajustes nos preços dos planos de saúde.

A agência não interfere na definição dos preços dos planos coletivos, mas Capez sugere o teto de 8,14% de aumento, que é o patamar hoje permitido pela ANS para os planos individuais ou familiares.

Ao ministro, o Procon-SP repetiu o que vem dizendo nas últimas semanas, quando elevou a pressão para combater o reajuste. O órgão diz que as operadoras não têm dado transparência na divulgação dos custos que justifiquem os aumentos e que a ANS não tem exigido comprovação da elevação das despesas.

“Dizer que haverá livre negociação é fechar os olhos à realidade e permitir que as operadoras fixem unilateralmente os novos valores”, escreveu Capez no pedido enviado o ministro.

Na segunda-feira (26), o Procon-SP entrou com uma ação civil pública contra várias operadoras, solicitando que elas apresentem em 30 dias informações sobre o impacto da queda da sinistralidade de 2020 nos reajustes dos planos coletivos, e obteve uma liminar.