Como parte da missão de promover a sustentabilidade da saúde suplementar com a produção de conhecimento e informações que auxiliem na tomada de decisão, o IESS participa periodicamente de eventos que a facilitem e ampliem o debate e a construção de novas ferramentas para o setor.

Com esse objetivo, Luiz Augusto Carneiro, superintendente executivo do IESS, participou no último mês do I Encontro Brasileiro de Gestão da Sinistralidade em Saúde Suplementar, realizado em Curitiba, no Paraná.

Como resposta aos grandes desafios enfrentados pelo setor, como a alta crescente dos custos, a Associação Paranaense de Medicina do Trabalho (APAMT), promoveu o evento pioneiro no tema com a participação de profissionais de referência no país para ampliar a construção de conhecimento com foco na promoção à saúde, prevenção de doenças e novas terapias, sem deixar de lado a gestão financeira sustentável por parte dos diferentes agentes envolvidos.

Luiz Augusto Carneiro apresentou dados sobre diferentes tecnologias que impactaram diretamente na saúde da população e sua respectiva importância nos gastos com saúde no Brasil e no mundo. Um dos exemplos citados pelo executivo diz respeito ao uso de tecnologias cujos benefícios são pequenos, baseados em pouca evidência científica e ainda são responsáveis pela maior parte dos custos da saúde, como o caso da introdução da angioplastia nos Estados Unidos. Importante lembrar como as tecnologias são aditivas, e não substitutivas. Mesmo com a introdução da angioplastia, outros recursos continuaram sendo utilizados, como a cirurgia de revascularização.

Estudo apontou que entre 1986 e 1990, a angioplastia mais do que dobrou naquele país, partindo de um total de 133 mil para 284 mil no período analisado. Contraditoriamente, o número de cirurgia de revascularização, em vez de cair, aumentou substancialmente. A publicação alerta que muitos pacientes receberam ambos os procedimentos.

No caso nacional, esse assunto é especialmente grave. Mesmo que haja debates sobre os estudos de custo e efetividade da adoção de diferentes tecnologias, a utilização da Avaliação das Tecnologias em Saúde (ATS) ainda caminha a passos lentos e depende do que está sendo feito no setor público. Devido ao alto impacto da questão em todo o sistema, o debate sobre o assunto deve fazer cada vez mais parte da agenda de discussões do setor, gerando conhecimento e ferramentas para a tomada de decisão e formulação de políticas.

Confira a apresentação na íntegra aqui.