A maioria dos hospitais, clínicas e laboratórios ainda não reajustou os preços cobrados dos planos de saúde neste ano, segundo a Fehoesp (que representa os estabelecimentos em São Paulo).

Das 127 empresas consultadas que possuem contratos formais com operadoras, 84% não haviam conseguido negociar o reajuste até maio.

A lei estipula que um acordo seja alcançado nos primeiros 90 dias do ano. Caso contrário, cabe à ANS decidir a questão, que define o IPCA como solução nos contratos em que há livre negociação.

Na prática, no entanto, a correção pela inflação não ocorre, diz Yussif Ali Mere Jr., presidente da Fehoesp.

“Cerca de 63% das prestadoras temem o descredenciamento. Força-se a negociação até onde é possível.”

Instituições de menor porte são as que mais sofrem com o problema, segundo Mere.

O setor de planos de saúde diz que há desperdícios por parte das prestadoras.

“Temos que fazer reajustes, mas é preciso saber diminuir a sinistralidade e o desperdício para se ter mais recursos”, diz Reinaldo Scheibe, presidente da Abramge (associação das operadoras).