A instabilidade econômica impactou o orçamento das famílias brasileiras e das empresas e o reflexo no mercado de saúde privado fica mais evidente nos últimos dados publicados pela ANS. Em setembro de 2015, os planos de assistência médica tiveram queda de beneficiários em todos os tipos de contratação.

Segundo o último Caderno de Informação do setor, publicado pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), o mercado registrou 50,261 milhões de vidas nos planos médico-hospitalares. Nesta cobertura, os planos coletivos e individuais tiveram queda de 0,75% e 0,72%, respectivamente, no acumulado do ano, de dezembro de 2014 a setembro de 2015.

Dentro das contratações coletivas, o plano empresarial teve retração de 0,75% na mesma base de comparação e o por adesão, 0,72%. A maior queda foi na categoria não identificado (plano coletivo cujo vínculo entre o beneficiário e a pessoa jurídica não foi especificado), onde a queda foi de 7,24%. Na comparação com o mesmo mês do ano anterior, apenas as contratações por adesão não apresentaram queda.

As operadoras médicas e odontológicas somaram 1.370 em atividade em setembro. Elas atuam através de 33,8 mil planos de saúde e tiveram receita de R$ 106 bilhões até o terceiro trimestre de 2015. No entanto, no período, a soma das despesas operacionais têm sido semelhantes à soma das receitas operacionais.

O índice combinado da saúde, resultado da divisão das despesas administrativas, comerciais, outras despesas operacionais e eventos líquidos (despesas assistenciais) pelas contraprestações atingiu o patamar de 99,6%.

Operadoras

Outro dado da publicação que apresentou queda foi o de operadoras de planos de assistência médica atuando no País. Depois de alcançar 2.004 empresas no ano 2000, o setor chegou em setembro de 2015 com 999 operadoras, das quais 843 contavam com beneficiários. Apesar do número de empresas com vidas ser grande, nos planos médico-hospitalares, 80% dos beneficiários se concentram em 155 das 841 operadoras com vidas. Enquanto a maior operadora do segmento tem cerca de quatro milhões de beneficiários, as 555 menores empresas têm apenas cinco milhões, juntas.