Entre janeiro e fevereiro deste ano, o total de beneficiários de planos de saúde médico-hospitalares permaneceu praticamente estável, com uma leve variação positiva de 0,3%. O que equivale a 143,9 mil novos vínculos.

A notícia, que pode parecer positiva, precisa ser analisada com muita cautela.

Em nossa opinião, os números de beneficiários devem ser analisados, sempre, com base na variação de 12 meses. Isso porque a variação mensal costuma ser imprecisa, pois além de ignorar comportamentos sazonais, os dados costumam ser corrigidos depois pela ANS.

Há um caso bastante recente para ilustrar porque recomendamos cautela: em agosto de 2016, o mercado ensaiou comemorar uma alta no total de beneficiários após 14 quedas consecutivas; contudo, no mês seguinte, os números foram corrigidos indicando outra retração.

Infelizmente, enquanto a situação econômica do País não mudar e, principalmente, o saldo de empregos voltar a crescer, provavelmente não teremos aumento significativo no total de beneficiários. No máximo, veremos alguns soluços.

Analisando os 12 meses encerrados em fevereiro, como recomendamos que o mercado faça, os planos de saúde médico-hospitalares registraram 47,7 milhões de beneficiários, o que representa uma retração de 2,7% ou a perda de 1,3 milhão de vínculos. Conforme aponta a última edição da NAB.

A redução do total de beneficiários foi puxada pelos resultados da região Sudeste, que nos 12 meses encerrados em fevereiro deste ano perdeu 1,1 milhão de vínculos, mas isso é assunto para outro post.