No sábado (01/08) teve início a Semana Mundial da Amamentação. Trata-se de um período especial, que visa conscientizar a sociedade sobre a importância do leite materno como o melhor alimento para a imunidade do bebê, atendendo às suas necessidades da maneira mais completa possível. Assim, amamentar também é uma forma de proteger o bebê.

De acordo com as Nações Unidas, os bebês que são alimentados exclusivamente com leite materno têm 14 vezes menos probabilidade de morrer do que os que não são amamentados. Atualmente, apenas 41% das crianças de 0 a 6 meses no mundo são amamentadas exclusivamente, uma taxa que os Estados-membros da Organização Mundial da Saúde (OMS) se comprometeram a ampliar para pelo menos 50% até 2025. Na América Latina e Caribe, segundo dados da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), cinco em cada 20 bebês (52%) não são amamentados em sua primeira hora de vida, o que é uma medida essencial para sobreviverem.

A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) tem atuado para contribuir com a conscientização sobre a importância da amamentação. Desde 2015, através do Movimento Parto Adequado, a reguladora contempla ações em prol do aleitamento materno junto aos hospitais participantes. A iniciativa tem como objetivo prevenir riscos em crianças menores de dois anos, uma vez que o leite materno é o alimento mais rico e apropriado à saúde do bebê e essencial para seu crescimento e desenvolvimento.

Conheça o Movimento Parto Adequado

Cuidados relativos à Covid-19 

É importante destacar que em tempos de pandemia, a amamentação segue recomendada para mães com Covid-19 que estejam em bom estado saúde, mantendo os cuidados adequados de higiene. As indicações gerais são:

  • Mulheres assintomáticas: contato pele a pele com o bebê logo ao nascer e ao longo da primeira hora de vida, se possível estimulando a primeira mamada.
  • Mulheres com sintomas gripais ou com resultado positivo do teste para Covid-19: higiene e troca de máscara frequentes, evitando o contato pele a pele e estimulando a amamentação na primeira hora de vida do bebê.

Mães que já estão amamentando em casa devem seguir essas orientações. Se surgirem sintomas, não há motivo para suspender a amamentação, desde que sejam tomados os cuidados recomendados acima.

Instituto Nacional de Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira (IFF/Fiocruz) tem disponibilizado em seu site um amplo material de orientações sobre amamentação em tempos de Covid-19, em documentos do Ministério da Saúde, Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) e da Rede Brasileira de Bancos de Leite Humano (rBLH), com as perguntas mais frequentes sobre o tema. Clique aqui.

Doação de Leite Materno 

O Brasil possui a maior e mais complexa Rede de Bancos de Leite Humano (rBLH) do mundo, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), sendo modelo para a cooperação internacional em mais de 20 países das Américas, Europa e África, estabelecida por meio da Agência Brasileira de Cooperação (ABC). O Ministério da Saúde oferece em seu portal uma página dedicada a esse tema, trazendo detalhes sobre a importância da doação de leite materno, informações de como doar e como participar. Clique e saiba mais.