10A perda de clientes de operadoras de saúde na região Sudeste foi mais acentuada do que no resto do país, segundo a ANS (agência de saúde suplementar).

Em 2015, o saldo entre pessoas que passaram a ter plano e aquelas que deixaram de ser beneficiárias foi negativo em 766 mil no Brasil inteiro.

Só no Sudeste, esse número foi de 777 mil segurados a menos -ou seja, no geral, o ganho de outras regiões compensaram essa perda.

“O Sudeste foi o grande responsável pela queda no número geral. Atribuímos isso ao desemprego”, diz Solange Beatriz Mendes, presidente da FenaSaúde, a federação das operadoras.

Beneficiários dos planos coletivos, geralmente funcionários de empresas e seus dependentes, representam cerca de 66% dos atendidos pela saúde suplementar.

Em números absolutos, houve mais de 400 mil pessoas dessa modalidade que perderam suas coberturas.

Não há muito que as empresas possam fazer para reverter os números, diz Mendes. “A situação econômica é determinante. O negócio é ligado à renda e ao emprego.”

As seguradoras não podem dar descontos para enfrentar a perda de clientes, pois isso é vetado pela legislação.

“As maiores empresas, que operam em âmbito nacional, vão tentar conquistar os mercados ainda dinâmicos.”

As regiões Sul e Centro-Oeste são as que continuam a apresentar crescimento.