A seguradora SulAmérica vai voltar a explorar nichos regionais no setor de saúde. Com foco em pequenas e médias empresas, a primeira praça a receber a nova oferta é o Rio de Janeiro. A ofensiva da companhia, que ocorre em meio à expansão de operadoras regionais, como a Hapvida, para mercados tradicionais como São Paulo e Rio, deve avançar para outras regiões. A estratégia inclui parceiros diversos. No Rio, a primogênita da “família regional” é a Rede D’or.

Mais risco. O portfólio regional terá preço cerca de 20% mais atrativo que os produtos de entrada da SulAmérica, e valor inicial de R$ 132. Para evitar que o temor de analistas do mercado se confirme, com aumento de custos e de sinistralidade, a estratégia da seguradora é a adoção de tecnologia e novos métodos de remuneração, baseados em diagnósticos, por exemplo, e não apenas o tradicional modelo fee-for-service, no qual as operadoras pagam a quantidade de procedimentos feitos.

Saúde e ponto final. O reforço da SulAmérica no setor tem ainda como pano de fundo a estratégia da companhia de se consolidar mais como uma seguradora com foco em saúde, segmento que já responde por mais de 70% do seu faturamento. Depois de vender as carteiras de grandes riscos e capitalização, o grupo, controlado pela família Larragoiti, teria contrato de exclusividade com uma seguradora internacional para se desfazer da operação de automóvel e ramos elementares, que iria até agosto próximo. A possibilidade de conversas com a Allianz não vem de hoje. Outras seguradoras também estão de olho. Procurada, a SulAmérica diz que não comenta rumores de mercado.

Apetite. As transações de fusões e aquisições (M&A, na sigla em inglês) na América Latina e Caribe tiveram queda de 16,8% no acumulado do ano até maio em relação ao mesmo período de 2018, para US$ 36,7 bilhões. O levantamento é da EMIS, plataforma de informações do grupo ISI Emerging Markets, que tem como um dos donos a chinesa Caixin.

Apesar da contração no volume financeiro, o número de transações cresceu, de 632 para 697.

No mês. Em maio, a redução no volume de fusões e aquisições foi ainda mais acentuada na comparação com igual mês do ano passado, de 24%, para US$ 4,99 bilhões. Apenas uma única aquisição foi superior a US$ 1 bilhão: a compra do Grupo São Francisco pela Hapvida.