Quando a gente pensa em inteligência artificial normalmente a primeira coisa que vem à cabeça são os robôs humanóides. Mas na verdade a inteligência artificial nada mais é do que um software, programado com um algorítimo para tomada de decisão.

Um exemplo famoso desse tipo de inteligência artificial é o IBM Watson, que já mostrou ser um ótimo jogador de xadrez, responder perguntas de jogos de trivias, fazer algumas receitas de drinks e mais recentemente está sendo usado na medicina como uma ferramenta para auxiliar os médicos a escolherem os melhores tratamentos para os pacientes. O IBM Watson está por exemplo, no aplicativo Curely que conecta médicos a pessoas do mundo todo que tem dúvidas a respeito da saúde. No Curely, o Watson “lê” a pergunta e sugere ao médico fontes que auxiliam a resposta a ser dada.

Existem outras formas de inteligência artificial que já fazem parte do nosso dia a dia. A Siri, por exemplo, que responde as nossas perguntas no iPhone é uma espécie de inteligência artificial com reconhecimento de voz. O próprio Google usa inteligência artificial para fazer uma busca mais adequada para a pessoa que está buscando, levando em conta não só o lugar onde você mora e a língua que você fala, mas também o seu histórico de busca. Por isso, se você e seu amigo buscarem a mesma coisa no Google, os resultados tendem a ser diferentes.

Os carros que dirigem sozinhos são outro exemplo de inteligência artificial que logo deve estar disponível. Aqui na California é relativamente comum a gente ver esses carros andando na rua como teste, mas em breve eles vão estar disponíveis comercialmente. Esses carros usam algorítimos de inteligência artificial para controlar a velocidade, a distância do carro da frente e parar para obstáculos como sinais ou pedestres.

Na verdade, qualquer tarefa humana parametrizada, ou seja, que segue um fluxo de decisões relativamente fixo, pode ser realizado por inteligência artificial. Isso vale até para profissões consideradas nobres como direito, jornalismo e arquitetura.

Na medicina eu acredito que a inteligência artificial deve chegar primeiro na área de diagnósticos por imagem, seja na radiologia ou na patologia. É meio óbvio que o computador será melhor que o humano para reconhecer padrões de imagem e correlacionar o que está sendo visto com dados clínicos.

Mais para frente essa ferramenta será usada para diagnóstico e até para cirurgias que poderão ser programadas por computador e realizadas inteiramente por robôs. Viajando um pouco mais no futuro, um dia teremos inclusive os nanorobôs que poderão ser colocados na nossa corrente sanguínea para resolverem problema específicos, como desobstruir uma artéria, por exemplo.

Nesse video  eu converso com o Reinaldo Normand, especialista brasileiro e autor de livros sobre inovação sobre as oportunidades e ameaças da inteligência artificial. E você está mais animado ou mais preocupado com o desenvolvimento dessa tecnologia?