Os estudos da fase 3 da vacina para covid-19 sendo desenvolvida pela Universidade de Oxford e a farmacêutica AstraZeneca, previstos para ocorrerem nos Estados Unidos, foram interrompidos devido a uma suspeita de reação adversa séria em um participante dos testes conduzidos no Reino Unido.

Em um comunicado divulgado na noite desta terça-feira (8), a empresa disse que seu “processo de revisão padrão criou uma pausa nas vacinações para permitir a revisão dos dados de segurança”. A informação sobre a interrupção nos teste da vacina da farmacêutica britânica foi dada mais cedo pelo site de notícias especializado em saúde “Stat News”.

Um porta-voz da farmacêutica, uma das líderes na corrida para desenvolver uma vacina contra a covid-19, disse, em nota, que o “processo padrão de revisão da empresa resultou em uma pausa nas vacinações para permitir uma análise sobre os dados de segurança”.

A AstraZeneca não divulgou nenhuma informação sobre e quando a “reação adversa” ocorreu, chamando-a de “potencialmente inexplicada”. Um porta-voz da farmacêutica confirmou que a pausa nos estudos acontecerá nos Estados Unidos — onde 30 mil voluntários devem receber a vacina nesta fase de testes — e em outros países.

Pausas temporárias em estudos médicos de grande escala não são incomuns, e a investigação de quaisquer possíveis efeitos colaterais graves ou reações inesperadas é obrigatória. A AstraZeneca observou que o problema pode ser uma coincidência, já que doenças de todos os tipos podem surgir em estudos com milhares de pessoas.

“Estamos trabalhando para agilizar a revisão desse evento solitário, para minimizar qualquer impacto potencial no cronograma de testes”, disse a empresa, em seu comunicado.

Ações

Após a notícia sobre a suspensão do teste, os recibos de ações (ADRs) da farmacêutica AstraZeneca registraram queda de 6,69% no pós-mercado da Bolsa de Valores de Nova York (Nyse), a US$ 51,05.