Além do desafio de reduzir custos operacionais e de mudar o modelo de governança corporativa da Unimed Fortaleza, o atual presidente da entidade, Elias Leite, tem entre seus planos a construção de um hospital materno-infantil até 2022.
“Isso é uma demanda da sociedade de Fortaleza, que tem uma carência de um bom hospital materno-infantil”, disse o presidente da entidade. Questionado sobre quando o empreendimento deve ficar pronto, o presidente da Unimed Fortaleza disse que está “trabalhando fortemente nisso” e que o projeto é construir a unidade na atual gestão.
“Entendo que a criança é um importante fator decisivo da compra de um plano de saúde mas, principalmente, será um grande legado para a sociedade de Fortaleza, que precisa de mais um hospital (para esse segmento)”, completou.
Segundo Leite, que assumiu a presidência em fevereiro deste ano, hoje, o principal desafio na Unimed Fortaleza é o controle de custos essenciais, que a cooperativa tem com os clientes.
“A gente tem um desafio porque ao mesmo tempo em que a gente tem que ter um controle racional desses custos, é preciso garantir um atendimento de excelência ao seu cliente. Então esse é o grande desafio. Não é cortar por cortar. É controlar de forma racional”, explicou.
Recuperação
Após registrar perda no número de clientes nos últimos anos, a cooperativa começou a se recuperar neste ano. Com uma base atual de 340 mil usuários, a Unimed Fortaleza deve superar, até 2022, a marca de 400 mil clientes, o que representará um crescimento de 18% em quatro anos.
“Nos últimos anos, o mercado de saúde suplementar como um todo perdeu clientes, a Unimed Fortaleza também”, disse Leite.
“Esse ano a gente começou a recuperar clientes. Mas eu diria que a minha meta em termos de gestão, até o início de 2022 é chegar aos 400 mil clientes. E, se até lá a gente chegar aos 400 mil de forma saudável, a gente traz um grande crescimento”, frisou o presidente da entidade.
Com uma base de clientes dividida entre 54% de pessoas jurídicas e 46% de pessoas físicas, a Unimed Fortaleza prevê um faturamento de aproximadamente R$ 2 bilhões neste ano.
O ticket médio por cliente é de R$ 437 por mês. Ao todo, a cooperativa conta com mais de 4.200 associados.
No ano passado, a cooperativa registrou uma receita líquida total de R$ 1,9 bilhão e custo assistencial de R$ 1,6 bilhão.
Projeções
Em fevereiro deste ano, quando assumiu a entidade, Leite já havia afirmado a intenção de reduzir despesas administrativas e os custo com os clientes, por meio da medicina preventiva.
E os investimentos previstos para este ano giravam em torno de R$ 25 milhões. Já o faturamento previsto para 2018 era de 11% a 12% superior ao do ano passado, com crescimento de 5% na base de clientes.