As queixas sobre o serviço de saúde complementar aumentaram na maioria dos órgãos que atendem os clientes insatisfeitos, aponta a FenaSaúde, federação do setor.
Na ANS (agência reguladora) a alta foi de 12,7% no ano passado, e o volume no Idec foi 64,8% maior.
A quantidade de demandas desse tipo caiu 0,2% na soma dos Procons do Brasil.
Esses números são decorrência do fechamento da Unimed Paulistana, cujas atividades foram encerradas em 2015, diz José Cechin, diretor-executivo da FenaSaúde.
“A Unimed Paulistana tinha 750 mil vidas, e essas pessoas levaram um tempo até encontrar planos substitutos, o que gerou uma alta quantidade de reclamações.”
A determinação, da parte da ANS, de encerrar a atividade de seguradoras ainda “precisa ser trabalhada” –ele defende que a agência atue preventivamente.
“A situação não está bem equacionada do ponto de vista normativo e operacional.”
O executivo relativiza a quantidade de reclamações: “São 100 mil, mas o número de procedimentos é de 1,2 bilhão por ano”. O crescimento das queixas no Idec aconteceu em uma base pequena –foram cerca de 8.000, diz.
Na divisão por porte da prestadora de serviço, as seguradoras médias são as que têm o melhor desempenho.
O executivo também credita esse resultado ao caso da Unimed Paulistana.
No geral, a saúde suplementar tem um índice de reclamação de 14,3 por 10 mil usuários. É um valor melhor do que os de telefonia, TV por assinatura e energia elétrica, mas pior do que os das instituições financeiras.