Para evitar um prejuízo superior ao que já acumulou, a Unimed Paulistana entrou com uma ação cautelar para suspender a liquidação extrajudicial decretada segunda-feira (01) pela Agência Nacional de Saúde Suplementar.

A medida ocorreu no mesmo dia da publicação da ANS no Diário Oficial da União e de acordo com a operadora, o “intuito sempre foi o de proteger seus clientes, cooperados e colaboradores”.

Segundo o sócio do Dagoberto Advogados, Ricardo Ramires Filho, a ação é uma forma da empresa proteger o valor de seus ativos, uma vez que na liquidação os bens são vendidos a preços bem mais baixo do valor de mercado, “praticamente leiloados”. “Para a operadora vale mais a pena negociar particularmente para pagar depois as suas dívidas”, aponta o especialista.

Com a ação, a operadora também ganha tempo para renegociar com credores, prestadores de serviços e fornecedores minimizando os débitos.

De acordo com a assessoria da operadora de saúde, os liquidantes (encarregados de dissolver a empresa) determinados pela ANS já saíram do local e a diretoria da Unimed Paulistana voltou à gestão da operadora, assim como os funcionários estão realizando atendimentos para clientes remanescentes que apesar de poucos, ainda precisam fazer a portabilidade para outro plano de saúde de sua preferência.

Migração

Sobre a resolução publicada na mesma data da liquidação extrajudicial, que diz respeito à portabilidade de beneficiários, a Unimed declarou que “ainda não há confirmação da ANS de como fica a situação dos clientes com a suspensão da liquidação”. No entanto, para Ramires do Dagoberto Advogados, dificilmente a suspensão da liquidação extrajudicial irá refletir nesta decisão. “É uma resolução diferente e a ANS não deverá tomar uma decisão que prejudique o consumidor”.