A presença feminina em posições de liderança na saúde não é apenas uma questão de representatividade — é um fator estratégico para a sustentabilidade e a inovação na gestão hospitalar.

Na saúde filantrópica de Sergipe, essa presença ganha mais relevância: o comando é essencialmente feminino — uma realidade que não se repete em outras regiões do país. Essa configuração vai além do aspecto simbólico, reflete um modelo de gestão pautado em cooperação, propósito e empatia.

Formação, capacitação contínua e escuta ativa foram apontadas como pilares fundamentais para que o protagonismo feminino se traduza em resultados concretos na construção de um setor mais diverso, sustentável e humano.

Esse foi o principal aprendizado do painel “Mulheres que Transformam: Equidade de Gênero e Sustentabilidade na Gestão Hospitalar”, realizado durante o 4º Encontro da Federação das Santas Casas e Hospitais Filantrópicos de Sergipe (Federase) e o 1º Encontro da Associação dos Hospitais do Estado de Sergipe (Ahese).

Lideranças que inspiram pela ação e pelo propósito

Com moderação do Saúde Business – representado por esta que vos fala –, o debate reuniu Carolina Teixeira, presidente da Federase; Márcia de Oliveira, vice-presidente da Federase; Marcela Pithon, presidente da Ahese; e Irmã Neusa Lúcio Luiz, presidente da Federação dos Hospitais e Entidades Filantrópicas de Santa Catarina (Fhesc).

As lideranças compartilharam suas trajetórias e reflexões sobre liderança humanizada, valorização profissional e os desafios de equilibrar propósito, gestão e resultados.

Mais do que discutir representatividade, o diálogo destacou como a presença das mulheres em posições estratégicas impulsiona a inovação, amplia a escuta e reforça o compromisso com a sustentabilidade nas instituições de saúde.

As executivas foram marcadas por experiências reais e por uma visão compartilhada: a de que a equidade de gênero é um pilar essencial para construir organizações mais humanas, colaborativas e eficientes. A sensibilidade, o olhar empático e a capacidade de gestão das mulheres não apenas complementam, mas transformam a cultura institucional, gerando impacto direto na qualidade do cuidado e na sustentabilidade organizacional.

Cada uma das líderes tem promovido transformações significativas em suas instituições — não apenas por meio de cargos de liderança, mas por uma atuação pautada em valores, ética e compromisso social.

A equidade de gênero não é uma meta isolada. É um caminho para fortalecer a sustentabilidade do sistema filantrópico e garantir uma saúde mais justa, inclusiva e com propósito.