Uma cabeleireira de 46 anos de Salvador conseguiu na Justiça com que o plano de saúde pague a fertilização in vitro. Há oito anos que Andreia Vigas tenta ser mãe e a médica dela indicou o tratamento para aumentar as chances de gravidez. Porém, o custo é de R$ 20 a R$ 30 mil, que foge ao orçamento da cabeleireira e do companheiro.
“É bastante caro e sai do nosso orçamento. Além do que são tentativas. Pesquisei na internet descobri que o plano poderia pagar meu tratamento”, disse Andreia Vigas.
A fertilização in vitro é uma técnica de reprodução feita em laboratório. Os óvulos da mulher são retirados e os espermatozóides do homem coletado para fazer a fecundação. Depois, o embrião é colocado no útero da mulher.
Após ter o procedimento negado pelo plano de saúde, Andreia e o companheiro, Pedro Luiz Gomes, entraram na justiça para ter o direito concedito. Dias depois, saiu a liminar, determinando que o plano deveria pagar todas as despesas da fertilização in vitro por até duas tentativas. A data da decisão não foi divulgada.
O advogado do casal, Leonardo Doto, disse que, quando a infertilidade é comprovada, o plano de saúde é obrigado a pagar pela fertilização. “A empresa não recorreu, o casal já está em trâmite para tentativa da fertilização e agora é só aguardar”, disse.
“O sonho da gente era possível conseguir, através da justiça, que rapidamente nos favoreceu”, disse o companheiro da cabeleireira.