No primeiro trimestre do ano, a Amil foi a companhia que mais acrescentou “vidas” ao seu portfólio (101 mil), segundo relatórios de BTG Pactual e Itaú BBA, elaborados com base em dados da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). Mas a SulAmérica veio logo atrás, ampliando sua carteira em 63 mil vidas no período.

Com isso, a Amil terminou o trimestre com 3,139 milhões de beneficiários, ou 256 mil a mais que a SulAmérica. Um ano atrás, porém, a diferença era 71% maior: a Amil tinha uma dianteira de 438 mil vidas, segundo o relatório do Itaú BBA.

A SulAmérica “encostou” na Amil porque a operadora de Júnior adotou uma estratégia de aumento de preços em 2024 para recuperar a rentabilidade. Com isso, a Amil viu sua carteira diminuir em 170 mil clientes no ano passado. Este ano, porém, a operadora parece ter voltado sua estratégia para a tese do crescimento.
Hapvida: queda menor que o esperado

Entre as grandes operadoras, também registraram crescimento a Porto Seguro (30 mil vidas a mais no trimestre) e a Seguros Unimed (22 mil). Na outra ponta, a Hapvida, líder do setor, encolheu a carteira em 33 mil vidas; o Bradesco, vice-líder, “perdeu” 62 mil vidas; e a Unimed Nacional reduziu sua carteira em 30 mil clientes.

“Os números da Hapvida estão em linha com os comentários da empresa durante a teleconferência de resultados do quarto trimestre, indicando um primeiro trimestre fraco, em um período de baixa temporada, e melhores do que nossas estimativas (que eram de queda de 71 mil beneficiários no trimestre). Dito isso, a desaceleração na criação de empregos e o aumento do desemprego ainda apontam para uma perspectiva mais desafiadora em 2025”, escreveu o BTG no relatório.