A mais recente pesquisa da ABIMO (Associação Brasileira da Indústria de Dispositivos Médicos) revela que 79% das associadas, que atualmente atuam apenas no mercado brasileiro, pretendem iniciar exportações a partir de outubro. Esse movimento sinaliza um grande potencial de crescimento internacional para o setor de dispositivos médicos. Entre as empresas que já exportam, a previsão é de um aumento de 57% nas vendas nos próximos dois meses.

O interesse crescente na exportação é impulsionado pelos bons resultados do setor. No primeiro semestre deste ano, as exportações brasileiras de dispositivos médicos alcançaram US$ 526,9 milhões. A exportação tem se mostrado uma estratégia eficaz de diversificação, reduzindo a dependência do mercado doméstico. Além disso, a valorização do dólar torna as vendas internacionais mais rentáveis, aumentando a atratividade das exportações.

Atuar no mercado internacional requer adaptações em produtos e padrões de produção, o que pode se tornar um diferencial competitivo também no mercado interno. Empresas exportadoras não apenas se protegem das oscilações do mercado nacional, mas também ganham destaque em comparação às que operam apenas localmente.

Principais destinos das exportações 

Os principais destinos dos produtos brasileiros no primeiro semestre de 2024 foram Estados Unidos, Argentina e México, com destaque para a América como mercado estratégico. Países europeus, como Países Baixos e Bélgica, também figuram entre os maiores compradores, atraídos pelo custo-benefício dos produtos brasileiros. O segmento médico-hospitalar liderou as exportações, com um crescimento de 25,5%, representando 67% do volume total exportado.

A pesquisa da ABIMO abrangeu empresas de diversos segmentos, como médico-hospitalar (47%), odontológico (14%), materiais de consumo (13%), implantes (18%) e outros setores, como reabilitação, laboratório e radiologia (8%). A maioria das operações está concentrada em São Paulo (75%), com participações expressivas no Rio de Janeiro, Paraná e Rio Grande do Sul.