Mais de 10% dos pacientes sofrem algum tipo de dano ao receber assistência hospitalar, segundo a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). Esses incidentes não são atribuídos à evolução da doença de base, mas sim a erros de medicação, infecções hospitalares e quedas, entre outros, e mais de 50% deles são evitáveis. Investir na segurança do paciente para a redução desses danos, além de melhorar o atendimento e os resultados de quem está recebendo os cuidados, proporciona uma grande economia. Pois o prejuízo que esses incidentes causam em âmbito global é superior a um trilhão de dólares por ano.

A segurança do paciente em hospitais do Brasil 

No Brasil, de janeiro a dezembro de 2023, foram notificados mais de 368 mil incidentes relacionados à assistência à saúde em diferentes tipos de serviços, como hospitais, urgência, diálise, ambulatório, clínicas e outros, sendo que a grande maioria deles ocorreu em hospitais. Esses incidentes se referem aos eventos adversos, ou seja, não são atribuídos à evolução da doença de base, mas sim a uma ocorrência imprevista, indesejada ou ofensiva à saúde do paciente.

Cinco tipos de incidentes mais frequentes em hospitais:  

  1. Falhas durante a assistência à saúde;
  2. Falhas envolvendo cateter venoso;
  3. Lesão por pressão;
  4. Queda do paciente;
  5. Falhas envolvendo sondas.

Tudo isso evidencia ainda mais a necessidade de desenvolver e implementar protocolos de segurança rigorosos visando a segurança do paciente em hospitais e avaliar regularmente o cumprimento e efetividade das práticas que eles estabelecem. Assim como oferecer treinamentos periódicos para os profissionais de saúde.

Benefícios de estabelecer protocolos de segurança do paciente nos hospitais 

Redução de erros e incidentes – protocolos ajudam a padronizar procedimentos, reduzindo a variabilidade e a chance de erros. Diretrizes claras ajudam a prevenir incidentes comuns, como erros de medicação e infecções hospitalares.

Melhoria da qualidade do atendimento – protocolos de segurança são baseados nas melhores práticas e evidências científicas, promovendo um atendimento de alta qualidade. Eles estabelecem parâmetros para que todos os pacientes recebam um nível consistente de cuidado, independentemente do profissional ou do turno. Além disso, melhora a qualidade do atendimento e reduz a morbidade e mortalidade, beneficiando tanto os pacientes quanto os sistemas de saúde.

Melhoria da segurança do paciente – protocolos permitem identificar riscos riscos potenciais e estabelecer procedimentos para mitigá-los antes que causem danos aos paciente, promovendo uma cultura de segurança dentro da instituição, onde todos os profissionais estão cientes e comprometidos com a segurança do paciente.

Aumento da confiança dos pacientes – a implementação de protocolos de segurança aumenta a confiança dos pacientes na instituição de saúde ao saber que há um compromisso com a sua segurança.

Melhor capacitação – protocolos de segurança do paciente em hospitais estabelecem diretrizes que servem como base para programas de treinamento e capacitação contínua dos profissionais de saúde. Assim como orientação para novos profissionais ao fornecer uma orientação clara para eles, facilitando sua integração e adesão às práticas seguras.

Eficiência dos recursos – melhorar a segurança do paciente pode economizar recursos, permitindo que sejam utilizados de maneira mais eficaz. Essas economias resultam da redução de custos associados a tratamentos adicionais, prolongamento de internações e complicações evitáveis.

Práticas para a segurança do paciente em hospitais 

Ao implementar as práticas estabelecidas nos protocolos de segurança do paciente em hospitais, essas instituições protegem a saúde e o bem-estar dos pacientes, otimizam os processos internos e reduzem custos associados às complicações evitáveis. Veja algumas dessas práticas: 

1. Prevenção de erros médicos 

  • Identificação correta – garantir que cada paciente seja corretamente identificado e confirmar a identidade antes de qualquer procedimento ou administração de medicamentos para evitar erros.
  • Medicação segura – implementar sistemas para evitar erros, como o uso de códigos de barras e listas de verificação, e seguir rigorosamente os protocolos para a prescrição, dispensação e administração de medicamentos.

2. Higiene e controle de infecções 

  • Lavagem das mãos – promover a lavagem adequada das mãos entre os profissionais de saúde é uma das medidas mais simples e eficazes para prevenir a transmissão de infecções hospitalares. Todos os profissionais de saúde devem higienizar as mãos antes e após o contato com o paciente.
  • Equipamentos estéreis – utilizar equipamentos estéreis e técnicas assépticas durante procedimentos invasivos.
  • Higienização dos ambientes – realizar limpeza e desinfecção sistemática de todas as áreas hospitalares, especialmente aquelas de alto risco, como salas de cirurgia e UTIs.
  • Uso de EPIs – garantir que todos os profissionais de saúde utilizem equipamentos de proteção individual adequados aos procedimentos que forem executar, como luvas, máscaras, aventais e protetores faciais, para prevenir a transmissão de infecções.

3. Comunicação eficaz 

  • Passagem de plantão – garantir que as informações sobre os pacientes sejam passadas de forma clara e completa entre as equipes de plantão.
  • Envolvimento do paciente – incentivar os pacientes e suas famílias a participarem ativamente do cuidado, fazendo perguntas e confirmando informações.

4. Ambiente seguro 

  • Prevenção de quedas – avaliar os riscos de queda e implementar medidas para prevenir, como o uso de alarmes de cama, barras de apoio e pisos antiderrapantes.
  • Prevenção de lesões por pressão – realizar avaliação de risco dos pacientes acamados e fazer a mudança regular da posição deles, a inspeção frequente da pele e utilizar colchões especiais.
  • Equipamentos – garantir que todos os equipamentos médicos estejam em boas condições de funcionamento e sejam utilizados corretamente.

5. Treinamento e educação 

  • Capacitação contínua – oferecer treinamento contínuo para os profissionais de saúde sobre práticas de segurança e novas diretrizes.
  • Simulações – realizar simulações de situações de emergência para preparar a equipe para responder de forma rápida e eficaz.

6. Monitoramento e melhoria contínua 

  • Auditorias internas – realizar auditorias regulares para identificar áreas de risco e implementar melhorias.
  • Relato de incidentes – estabelecer um sistema para que os profissionais possam relatar incidentes e quase-incidentes sem medo de represálias, promovendo uma cultura de segurança.

Envolvimento de quem está recebendo cuidados e da família em medidas para a segurança do paciente no hospital 

Priscilla Puhl, que é fisioterapeuta hospitalar há 12 anos e especialista de produtos da RTS, ressalta a importância do próprio paciente e da família dele na construção de uma cultura de segurança nos hospitais. Mas pondera que “é necessário alertá-los e orientá-los sobre suas participações no processo”.

Ela acredita que os hospitais podem estimular o engajamento deles divulgando e explicando as metas internacionais de segurança do paciente, conscientizando sobre as responsabilidades que eles têm nesse processo e, principalmente, os benefícios que as boas práticas podem proporcionar”.

A especialista explica que “existem seis metas internacionais de segurança do paciente que são amplamente divulgadas nos hospitais. São elas”:

  1. Identificar corretamente os pacientes;
  2. Estabelecer uma comunicação efetiva;
  3. Prezar pela segurança dos medicamento;
  4. Garantir a segurança dos paciente para cirurgias;
  5. Reduzir o risco de infecções associadas aos cuidados de saúde;
  6. Prevenir complicações decorrentes de quedas.

Ela também destaca a importância do uso de tecnologias para facilitar a dinâmica assistencial: “desde que sejam bem implementadas e acompanhadas de treinamento eficiente, elas podem facilitar o atendimento, diminuir a sobrecarga do profissional e, consequentemente, deixá-lo mais alerta para os cuidados essenciais em relação ao paciente”.

A RTS e a segurança do paciente no hospital 

Priscilla Puhl diz que a RTS também desempenha um papel importante na construção de uma culltura de segurança em hospitais. “A principal contribuição da RTS ocorre no fornecimento e divulgação de tecnologias que propiciem maior qualidade assistencial, padronização e diminuição da sobrecarga do profissional de saúde”.

“Nessas tecnologias incluímos camas, macas, andadores, suportes de soro e demais equipamentos que, devido a qualidade e diferenciação frente aos modelos comuns, fazem a diferença na dinâmica assistencial”. Ela conta que a RTS completa 25 anos de existência em 2025, tendo se consolidado como referência no Brasil em soluções inovadoras que promovem o bem-estar e a eficiência no atendimento médico-hospitalar por meio por meio da venda, locação, gestão integrada e assistência técnica para equipamentos hospitalares.

Presença em todo o Brasil – a empresa tem filiais, suporte técnico e time comercial estruturados em pontos estratégicos do Brasil, o que permite oferecer pronto atendimento, manutenção e reposição de equipamentos em todo o território nacional.

Parceria na gestão da saúde – além de fornecer equipamentos, a RTS tem uma equipe especializada sempre pronta para oferecer suporte técnico e consultoria aos clientes para que eles foquem no que é mais importante: o tratamento dos pacientes.

Compromisso com a excelência – a RTS acompanha cada detalhe, desde a instalação até o suporte técnico, para garantir que todo equipamento funcione perfeitamente e contribua para a segurança e conforto de pacientes, cuidadores e equipes de saúde.