A Associação Brasileira dos Planos de Saúde (Abramge) afirma que, ao impedir que empresas aproveitem o crédito gerado com despesas de contratação de planos de saúde para deduzir impostos devidos, a reforma tributária desestimula a oferta desse benefício aos funcionários.

“A proposta apresentada coloca o Brasil na contramão mundial no tratamento tributário dado ao setor de saúde”, afirma Gustavo Ribeiro, presidente da associação. “Nos demais países, o setor é desonerado ou tem alíquota zero.”

Na avaliação das operadoras, o fim do crédito tributário com despesas com planos de saúde vai reduzir o sistema de saúde suplementar, que já acumula cerca de 17,5 bilhões de reais em prejuízo operacional nos últimos três anos, e sobrecarregar o SUS.

De acordo com estudo da Abramge, dos 50 milhões de brasileiros que têm acesso à assistência médico-hospitalar no sistema privado, 60% são de coletivos empresariais – o que significa que há mais de 30 milhões de usuários de planos oferecidos por empresas.

“A sustentabilidade e complementaridade dos sistemas público e privado é fundamental para que ainda mais pessoas tenham acesso ao sistema de saúde”, diz o presidente da associação, alertando para o impacto sobre o acesso a exames.

As bolsas europeias e os futuros americanos são negociados em alta na manhã desta sexta-feira, 10. A péssima reação da bolsa à decisão do Copom fez o Brasil ir na contramão do mundo. O Ibovespa caiu 1% e o dólar subiu a 5,14 reais depois de o comitê cortar os juros em 0,25 ponto percentual, para 10,5% ao ano — corte menor do que a projeção do próprio BC. As taxas de juros futuras subiram e os títulos de renda fixa também se apreciaram. São esperados novos cortes de juros, mas o Copom não estipula mais as suas magnitudes. O Congresso derrubou alguns vetos do presidente Lula no orçamento de 2024 e retomou 3,6 bilhões de reais em emendas de comissão. O ministro Fernando Haddad disse que só vai comentar sobre o Copom na semana que vem e anunciou um acordo para retomar a desoneração da folha de pagamento de 17 setores da economia neste ano e reonerá-los gradualmente a partir do ano que vem. O governo anunciou um pacote de 51 bilhões de reais em medidas para a reconstrução do Rio Grande do Sul. Diego Gimenes entrevista Ana Paula Vescovi, economista-chefe do banco Santander.