O número de beneficiários de planos de saúde no país chegou a 50,7 milhões em maio deste ano, um crescimento de 2,41% em relação a maio de 2022. Os usuários são atendidos por 680 operadoras de planos que, em 2022, autorizaram cerca de 1,6 bilhão de procedimentos, entre consultas, exames e cirurgias. Os procedimentos foram realizados em 173,1 mil estabelecimentos de saúde que atendem os planos privados no país.

As cifras da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) ilustram um mercado robusto que, depois de sofrer com a queda no número de usuários nos anos pré-pandemia, voltou a ganhar força com a covid-19, o que demonstra priorização da saúde pelas pessoas.

Bradesco Saúde segue na liderança

“O número de beneficiários de planos de assistência médica, que mostrou uma lenta e persistente redução desde o fim de 2014, atingiu seu menor valor em junho de 2020, nos primeiros meses da pandemia. A partir do mês seguinte, a recuperação foi constante”, informa o boletim Panorama — Saúde Suplementar, divulgado pela ANS em agosto deste ano. O boletim é lançado periodicamente pelo órgão federal e traz os dados mais recentes do setor.

Os números da ANS se refletem nos índices apresentados pelas companhias do setor em MELHORES E MAIORES. As 32 empresas analisadas tiveram, em 2022, receita líquida de 123,2 bilhões de reais, 15,28% mais do que em 2021 — 106,9 bilhões de reais. O lucro líquido foi de 23,2 bilhões de reais; e a margem, de 18,8%. A liderança setorial continua com a Bradesco Saúde, com patrimônio líquido de 26 bilhões de reais. Já a ­Hap­vida registrou receita líquida de 23,7 bilhões de reais no ano passado, mais do que o dobro do registrado em 2021.

A variação positiva no número de beneficiários está associada ao desempenho da economia e do mercado de trabalho, de acordo com o boletim da ANS. “Planos coletivos empresariais, por serem um importante benefício trabalhista, tiveram crescimento de 11,9% no número de beneficiários de dezembro de 2019 a maio de 2023”, diz o informe.