O governo e a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) pretendem lançar em 90 dias a nova plataforma que promete agilizar a portabilidade entre planos de saúde. A iniciativa faz parte do projeto que foi batizado de “open health”, sistema de estímulo à concorrência no setor da saúde privada inspirado no “open banking”, já em funcionamento no segmento bancário.

Criado em fevereiro, o grupo liderado pelo Ministério da Saúde para tirar do papel o “open health” deve divulgar hoje o relatório final dos trabalhos. Após a análise de três propostas, foi escolhido um modelo pelo qual a ANS vai centralizar as informações dos beneficiários e dos planos, bem como todos os procedimentos da portabilidade.

“O beneficiário poderá fazer em poucos cliques o que hoje demora ao menos 30 dias para acontecer”, disse ao Valor o secretário-executivo do Ministério da Saúde, Daniel Pereira. “Atualmente, o procedimento é bastante complexo e pouca gente consegue fazer”, completou ele, que já foi diretor-adjunto na ANS.

Pelo modelo escolhido pelo grupo, o beneficiário iniciará o processo de portabilidade ou de contratação após pesquisar e selecionar o plano de destino e de consentir pelo compartilhamento dos seus dados. O sistema da ANS, então, notifica automaticamente as operadoras de origem e de destino para que enviem à plataforma os dados necessários para a conclusão da operação.