Somente Acre Amazonas, entre as 27 unidades da federação, apresentaram, na semana entre 11 e 17 de julho, aumento do número de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG). Além disso, 17 Estados apresentam sinal de queda na tendência de longo prazo. Os dados constam da nova edição do Boletim InfoGripe, divulgado hoje pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). A SRAG pode ser um indicativo de covid-19, já que é provocada pelo novo coronavírus.

O boletim, no entanto, mostra que todas as capitais estaduais se encontram em macrorregiões com nível de transmissão alto, muito alto ou extremamente alto, o que sugere possível manutenção do número de hospitalizações e de óbitos em patamar elevado caso medidas preventivas não sejam adotadas.

A Fiocruz ressalta que Acre e Amazonas apresentam sinal moderado de crescimento na tendência de longo prazo. No Amazonas também se observa sinal moderado de crescimento na tendência de curto prazo. No Mato Grosso do Sul, Pará e Rio Grande do Sul observa-se sinal moderado de crescimento apenas na tendência de curto prazo, com sinal de estabilidade na tendência de longo prazo nos dois primeiros e sinal moderado de queda na tendência de longo prazo no último.

“Embora os sinais de tendência de queda e estabilidade sejam positivos, indicando poucos estados atualmente com sinal de crescimento nas tendências de longo ou curto prazo, os valores semanais continuam elevados, como apresentado pelo indicador de transmissão comunitária. Todos os estados apresentam macrorregiões em nível alto ou superior, sendo que 12 deles e o Distrito Federal têm macrorregiões em nível extremamente elevado. Isso evidencia a necessidade de manutenção de medidas de mitigação da transmissão”, afirma o coordenador do InfoGripe, Marcelo Gomes.

O boletim mostra ainda que apenas 5 das 27 unidades apresentam sinal de crescimento das tendências de longo e curto prazo. São elas: Macapá, Porto Alegre, Rio Branco, Rio de Janeiro e Vitória. Em outras 15 capitais observa-se sinal de queda na tendência de longo prazo. Assim como é o caso de alguns estados, 5 capitais registraram sinal de estabilização nas tendências de longo e curto prazo, indicando interrupção da tendência de queda ou manutenção de platô: Plano Piloto de Brasília e arredores, Campo Grande, Florianópolis, Goiânia e Manaus.

Das 27 capitais, 6 integram macrorregiões de saúde em nível alto (Belém, Boa Vista, Cuiabá, Palmas, São Luís e Vitória), outras 12 estão em macrorregiões em nível muito alto (Aracaju, Florianópolis, Fortaleza, João Pessoa, Maceió, Manaus, Natal, Porto Velho, Recife, Rio Branco, Rio de Janeiro e Salvador) e 9 em nível extremamente alto (Belo Horizonte, Brasília, Campo Grande, Curitiba, Goiânia, Macapá, Porto Alegre, São Paulo e Teresina).