O número de beneficiários de planos médico-hospitalares no Estado de Minas Gerais alcançou a marca de 5,7 milhões em novembro de 2022, segundo levantamento da Federação Nacional de Saúde Suplementar (FenaSaúde), com base nos dados divulgados pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). Houve crescimento de cerca de 321 mil vidas nos planos privados em comparação a novembro de 2021, o equivalente a um aumento de 6%.  Levando em consideração a população estimada do Estado, de cerca de 21 milhões de habitante, apenas cerca de 27% dos mineiros têm planos de saúde.

No âmbito nacional, o número de beneficiários de planos médico-hospitalares em novembro de 2022 atingiu a marca de, aproximadamente, 50,3 milhões, cerca de 23,5% da população. Houve crescimento de cerca de 1,64 milhão de beneficiários nos planos médico-hospitalares, em comparação a novembro de 2021, o equivalente a 3,4% de aumento. No comparativo entre novembro e outubro de 2022, o crescimento foi de 127 mil usuários.

Os planos coletivos, responsáveis por 82% do total de planos médico-hospitalares contratados, se dividem entre os empresariais – que, em geral, são oferecidos pelas empresas a seus colaboradores – e os de adesão, pelos quais associações de classe reúnem e ofertam planos a seus associados. Na análise da Federação, o resultado reflete em parte a redução da taxa de desemprego no 3° trimestre de 2022, de 12,1% para 8,3% na comparação com o mesmo trimestre de 2021, sendo a menor para o período desde 2014 (6,7%), conforme aponta a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), divulgada em novembro pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A entidade analisa que os números reforçam, também, o interesse do brasileiro pelo plano de saúde, movimento catalisado pela pandemia e que continua posteriormente ao período mais crítico. Pesquisa realizada no final de 2021, encomendada pela FenaSaúde ao Instituto de Pesquisas Sociais, Políticas e Econômicas (IPESPE), aponta que o plano de saúde está entre os três principais itens de desejo do brasileiro, atrás da compra da casa própria e realização de investimentos financeiros. Os resultados da pesquisa indicam que o acesso seguro à saúde é o que 39% dos entrevistados buscam ao contratar planos, em seguida, vem a rapidez no atendimento (24%), seguido pela tranquilidade em contar com a assistência privada (13%).

Com 26% da população coberta por planos médicos, a Federação aponta que ainda há espaço para o setor crescer. “A principal missão dos planos de saúde é ampliar o acesso à saúde no país, com sustentabilidade e segurança. Para isso, uma série de mudanças são necessárias, como a modernização do marco regulatório do setor e o controle de custos em saúde, que recai sobre as mensalidades e acaba dificultando o acesso de parte da população aos planos”, explica Vera Valente, diretora-executiva da FenaSaúde.