A inflação em Belo Horizonte no mês de junho sofreu grande impacto da alta nos preços de vários serviços usados pelo consumidor. O plano de saúde – que sofreu reajuste de 13,57% – foi o grande vilão do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) contribuindo com quase metade da inflação de BH. Tarifa de energia, condomínio residencial, tarifa de água e aluguel residencial completam a vilania da inflação de quem mora na capital. O IPCA para famílias de um a 40 salários mínimos foi de 0,83%, o terceiro maior junho da série histórica feita pelo Ipead – depois de junho de 1996 e junho de 2015.

A inflação entre os meses de janeiro a junho deste ano já alcança os 6,48% – praticamente o teto da meta estipulado pelo governo. E no acumulado dos últimos 12 meses o índice já é de 11,5%. Se continuar nessa toada, segundo a coordenadora de pesquisa e desenvolvimento da Fundação Ipead, Thaize Martins, a perspectiva é ficar acima do limite da meta. “Não há estimativa de abaixar (a inflação) nos próximos meses porque o acompanhamento histórico mostra isso”, avalia Thaize.

De acordo com a coordenadora da pesquisa, no meio do ano a inflação aumenta menos e fica num patamar mais estável e no fim do ano volta a subir com a pressão das festas e consumo maior.