Entre janeiro e abril deste ano, os planos de saúde já perderam 918 mil clientes. Até o final do ano, o setor estima que um milhão e meio de pessoas possam abandonar o serviço. Somando a queda do ano passado, entre 2015 e 2016, dois milhões e meio de pessoas devem deixar os serviços oferecidos pelas empresas.

O diretor executivo da Associação Brasileira de Planos de Saúde, Antônio Carlos Abbatepaolo, estimou, em entrevista à rádio CBN que esse seja o pior ano para o setor desde o ano 2000 com até um milhão e meio de cancelamentos.

A queda nos contratos de planos de saúde tem relação direta com o fechamento de postos de trabalho. Ao todo, 66% dos usuários têm planos empresariais. De junho de 2015 para cá, 1 milhão 558 mil vagas de trabalho com carteira assinada foram fechadas.

A Agência Nacional de Saúde Suplementar já enviou ao Ministério da Fazenda um pedido para alterar o limite para reajustes nos valores de planos de saúde. A expectativa do setor é de que ele tenha subido de 13,5% para pelo menos 15%, o que deve provocar um novo aumento nos preços do serviço em todo país.