A FenaSaúde lançou no dia 12/07 a primeira edição da série “Por Dentro da Saúde Suplementar”, com o tema ‘Variação da Despesa Assistencial Per Capita’.

De acordo com a publicação, gastos com saúde crescem em ritmo mais acelerado que o da inflação geral de preços ao consumidor no Brasil e em outros países. Na série histórica entre 2008 e 2016, constata-se alta acumulada de 179,3% nas despesas assistenciais per capita na Saúde Suplementar, enquanto a variação do IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) foi de 72,5%, no mesmo período.

O levantamento realizado por especialistas da FenaSaúde compara também os gastos com saúde em  outras nações e aponta que, no Brasil, o gasto per capita em saúde cresce de forma mais acentuada do que em muitos países desenvolvidos. Entre 2004 e 2014, a variação acumulada no Brasil foi de 80,2%, maior do que no Japão, 57,9%; Estados Unidos, 47,6%; Canadá, 43,6%; França, 38,0% e Reino Unido, 31,9%.

O aumento progressivo dos custos médico-hospitalares por beneficiários, sempre superior à inflação dos preços ao consumidor, é um dos maiores desafios para a sustentabilidade do mercado de Saúde Suplementar, segundo Solange Beatriz Palheiro Mendes, presidente da FenaSaúde. “Em 2015 e 2016, a variação da despesa assistencial per capita foi de 19,2%, ou seja, 2,8 vezes superior ao IPCA. Essa espiral inflacionária foi alimentada pelo crescimento dos preços de produtos médicos e, entre outros fatores, pelo aumento na frequência de utilização dos serviços de assistência médica. Trata-se do maior percentual já registrado. Essa escalada onera, em última instância, os contratantes individuais, as empresas e dificulta o equilíbrio econômico-financeiro das operadoras de planos e seguros de saúde”, explica a executiva.