Após encerrar o quarto trimestre com um balanço turbulento – com uma queima de caixa de R$ 223 milhões que levou a companhia a perder metade do seu valor de mercado em uma semana – a Hapvida reverteu esse quadro e registrou um fluxo de caixa livre de R$ 404 milhões nos três primeiros três meses do ano.

Essa melhora veio, principalmente, do recebimento de cerca de R$ 100 milhões referentes a pagamentos atrasados de outras operadoras que usaram os hospitais da Hapvida e uma redução no valor de R$ 119,5 milhões na linha de investimentos (capex) na rede própria da companhia. “Os recebíveis atrasados do quarto trimestre foram quitados e os pagamentos do primeiro trimestre estão normalizados”, disse Maurício Teixeira, vice-presidente financeiro e de relações com investidores da Hapvida.

Além disso, a companhia apurou um lucro antes de juros, impostos, depreciação, amortização (Ebitda) de R$ 635 milhões, o que representa uma alta de 6% sobre o último trimestre do ano e um avanço de 63,5% quando comparado ao mesmo período de 2022. No começo do ano passado, o setor de saúde foi impactado pela subvariante ômicron, o que tem motivado as empresas do seto a comparar seus desempenhos também com o quarto trimestre.