Cerca de 600 mil pessoas devem deixar de ter seguro saúde neste ano, segundo projeção da Abramge (associação das seguradoras).

Se confirmada essa queda, vai se tratar da segunda diminuição consecutiva do número de beneficiários, já que 776 mil perderam a cobertura no ano passado.

Os fatores levados em conta nos cálculos da entidade são os mesmos responsáveis pelo resultado do ano passado: uma expectativa de recessão de cerca 3,5% do PIB e uma perda de 1,4 milhão de empregos formais.

Há uma correlação forte entre essas variáveis macroeconômicos e o negócio das seguradoras, diz Antônio Carlos Abbatepaolo Dias, diretor executivo da Abramge.

As empresas devem perder margem de lucro ao longo do ano, ele afirma.

“Os reajustes do setor são altos, porque a inflação médica é muito maior do que o IPCA. As empresas e os clientes pessoas físicas não vão conseguir pagar.”