Nos 12 meses encerrados em novembro de 2019, 12,5 mil brasileiros deixaram de contar com um plano de saúde médico hospitalar. Uma redução de 0,03% que levou o total de beneficiários para 47,2 milhões, de acordo com a última edição da NAB.

O número, claro, é negativo. Contudo, há boas surpresas escondidas aí.

A primeira é que houve aumento de 0,2% no total de vínculos coletivos empresariais, que são aqueles planos ofertados pelas empresas aos seus colaboradores. No total, 70,7 mil novos contratos deste tipo foram firmados no período analisado.

Outra informação positiva é que olhando para os últimos três meses, entre agosto e novembro de 2019, houve crescimento de 0,3% no total de beneficiários. O que significa que 163,9 mil novos vínculos foram firmados. Desses, 137,4 mil são contratos coletivos empresariais.

Movimento diretamente associado a redução da taxa de desocupação em relação ao trimestre anterior, que passou de 11,8% no trimestre encerrado em agosto para 11,2% no trimestre encerrado em novembro, de acordo com a PNAD/IBGE. No mesmo período, os dados do Caged/Secretaria do trabalho apontam que o saldo de postos de trabalho formal no Brasil avançou de 74,7 mil para 99,2 mil. O que tende a influenciar positivamente essa contração de planos coletivos empresariais.

Ainda olhado para o trimestre, a NAB indica que houve aumento de contratação em todas as faixas etárias. Foram 30, 3 mil novos beneficiários com até 18 anos; 128,6 mil com idades de 19 anos até 58 anos; e, 4,9 mil com 59 anos ou mais.

Por fim, nos chama atenção o fato do segundo semestre de 2019 (até novembro) ter registrado quase unicamente saldo positivo de contratações (diferença entre novos beneficiários e vínculos desfeitos) de planos médico-hospitalares. O que pode indicar que o setor está começando a responder ao gradual aumento da taxa de ocupação formal no País.

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