O acordo entre a NotreDame (GNDI3) e o Itaú (ITUB4) para comercializar planos de saúde nos canais de venda da Itaú Corretora pode abrir uma janela de oportunidades para a operadora, afirma a Ágora em relatório enviado a clientes nesta quinta-feira (10).

Segundo os analistas Fred Mendes e Flávia Meireles, os esforços recentes da NotreDame têm se concentrado em alcançar mais PMEs (pequenas e médias empresas).

“O acordo com o Itaú, portanto, reforça esse movimento e deve ajudar a GNDI a ter uma melhor visão e compreensão das PMEs, sabendo que muitas dessas pequenas e médias empresas podem ter uma relação histórica com o Itaú”, afirmaram.

O contrato foi assinado no mês de agosto, com o processo de vendas iniciando-se a partir de 1 de setembro de 2020, e prevê a venda de planos de saúde e planos odontológicos da companhia, nas regiões onde o empresa atua, para clientes Itaú no segmento PME.

“A Itaú Corretora de Seguros S.A. faz parte do Grupo Itaú, um dos maiores grupos empresariais do país, presente em todo o território nacional e com alto nível de capilaridade junto a pequenas e médias empresas (PME), segmento importante dentro da estratégia comercial do GNDI”, afirmou a operadora.

Aquisições da NotreDame são positivas no longo prazo

Credit Suisse reavaliou suas recomendações para as ações da NotreDame, após a empresa realizar recentes aquisições que alteraram o perfil de capital. Para o banco, os novos negócios parecem positivos no longo prazo, mas não se destacam tanto no curto prazo.

“As aquisições recentes mudaram a criação de valor com o tempo, criando um período de transição em que o valor econômico é ameaçado. Aconselhamos o investidor a entender que o o ganho depende da estabilidade das premissas no longo prazo”, informou o analista Mauricio Cepeda.

A NotreDame fechou, no último mês, dois contratos de compra, sendo um da Medisanitas Brasil por R$ 1 bilhão, e outro da Climepe por R$ 168 milhões.