A operadora de saúde NotreDame Intermédica está intensificando suas análises para novas aquisições no Paraná e região. Na sexta-feira, a companhia anunciou a compra do Grupo Clinipam, do Paraná, por R$ 2,6 bilhões.

“Acionamos o comando para olhar oportunidades na região”, disse Irlau Machado, presidente da NotreDame Intermédica, em teleconferência com analistas e investidores nesta quarta-feira sobre os resultados do terceiro trimestre, quando a operadora obteve lucro líquido de R$ 99,7 milhões.

Ainda segundo Machado, o perfil de usuários do Clinipam é mais semelhante ao dos clientes da Intermédica que residem em Jundiaí e Sorocaba, interior de São Paulo.

No Sul do país, a NotreDame Intermédica também tem intenção de entrar no Rio Grande do Sul. O Clinipam tem presença no Paraná e Santa Catarina.

De acordo com Machado, o ambiente competitivo não está afetando a NotreDame Intermédica.

A companhia conquistou 125 mil novos usuários de forma orgânica no terceiro trimestre. Encerrou o período com 2,9 milhões de clientes de convênio médico e 2,4 milhões de plano dental.

Houve ainda no período um incremento na carteira de clientes vindo das aquisições promovidas nos últimos 12 meses (encerrado em junho de 2019). A companhia registrou um aumento de 472 mil usuários provenientes da GreenLine, 80 mil da Mediplan e 85 mil da Samed.

Na carteira de usuários da NotreDame Intermédica, 50% dos planos de saúde têm coparticipação, quando o cliente paga uma parcela do procedimento médico.

“Nas nossas vendas de planos de saúde corporativos, 75% já são feitas com coparticipação. Na modalidade PME, já são 25% e vem crescendo drasticamente”, disse Machado.

Sinistralidade

A NotreDame Intermédica acredita que a taxa de sinistralidade da GreenLine atinja o mesmo patamar do restante do grupo entre seis meses e um ano.

No terceiro trimestre, a sinistralidade da GreenLine ficou em 76%, enquanto na companhia esse percentual foi de 70,6%.

“Assumimos a GreenLine em fevereiro. A sinistralidade era de 80% e em poucos meses conseguimos baixar quatro pontos percentuais. Havia vários gastos que achávamos que eram despesas gerais e administrativas, mas eram sinistralidade [gasto médico]”, disse Machado.