O aumento na utilização dos serviços médicos impulsionou a inflação da despesa assistencial per capita em 2016, que atingiu 19,2%, de acordo com dados divulgados pela Federação Nacional de Saúde Suplementar (FenaSaúde), no 3º Fórum da Saúde Suplementar. A variação é 2,8 vezes maior que a do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (IPCA) registrada em 2016, de 7%.

O percentual de alta é contestado pelo Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec), baseado em informações da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). Segundo a ANS, as despesas assistenciais cresceram 14,13% no ano passado. A pesquisadora do Idec Ana Carolina Navarrete explicou que a diferença entre receitas e despesas foi positiva, totalizando R$ 24,33 bilhões em lucro. “Os custos subiram, mas as mensalidades também, e o saldo é positivo”, explicou.

Em 2016, a despesa com planos médicos cresceu 12,6%, para R$ 132 bilhões. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), entre 20% e 40% dos gastos em saúde são desperdiçados por ineficiência. A fraude e o abuso representam 19,4% do desperdício, a falha no atendimento ,14,1%, o sobrepreço, 14,4%, e o tratamento excessivo, 21,1%.