Como você deve ter visto aqui, lançamos na última semana o relatório exclusivo sobre Atenção Primária à Saúde (APS) produzido pelo Centro de Estudos e Planejamento em Gestão de Saúde da Fundação Getulio Vargas (FGVsaúde) a nosso pedido. Já mostramos um pouco mais do que o relatório aponta sobre a atenção primária, e de como os recursos de telessaúde são essenciais para auxiliar no processo de maior adoção da saúde primária para os beneficiários dos planos de saúde.

Na última quarta-feira, a série de Debates FGVsaúde apresentou outros dados do estudo com participação de convidados que representam diferentes stakeholders do setor. Com apresentação de Alberto Ogata, pesquisador associado FGVsaúde, contou com moderação de Laura Schiesari, da FGV EAESP/  FGVsaúde e com a participação de José Cechin, superintendente executivo do IESS, Rogério Scarabel, Diretor Presidente substituto da ANS, Charles Souleyman Al Odeh, Diretor técnico do UnitedHealth Group Brasil, e César Brenha Rocha Serra – Diretor de Desenvolvimento Setorial Substituto da ANS.

O evento lembrou que nesse contexto de pandemia de Covid-19, a Atenção Primária em Saúde (APS) ganha ainda mais importância, já que a modalidade permite um maior acompanhamento dos pacientes e controle dos custos assistenciais.

Para Alberto Ogata, um dos autores do estudo, há uma série de condições para implementação da APS. “Ele é o ordenador do sistema. Necessita da segurança e engajamento das lideranças, visão do modelo como algo racional e de organização da assistência, entre outros. Além disso, há ainda outros elementos para a ampliação da escala no setor suplementar”, aponta.

Alguns pesquisadores apontam que até 80% dos casos podem ser resolvidos por meio da atenção primária, lembra José Cechin. “Estudiosos dizem que esse número pode chegar até a 95%. Ou seja, é bom para cada um de nós, para o paciente e para o sistema. Porque também é um modelo mais eficiente porque usa os recursos certos na medida certa, evitando desperdícios”, reforça.

Como bem lembrou Laura Schiesari, o setor tem se aprofundando em diferentes questões e debates. “Os participantes do evento têm, em suas respectivas áreas, um histórico e compromisso com a saúde suplementar. É importante continuarmos essa agenda de discussões”, lembrou.

Com isso em mente, continuaremos apresentando alguns dadps sobre esse tema e outros nos próximos dias. Acesse aqui o debate na íntegra.