À frente da Seguros Unimed, o médico Helton Freitas, 52, acredita que o modelo de planos de saúde mais baratos e com uma cobertura mais restrita deveria ser acrescido às novas propostas para planos de saúde, cuja votação foi adiada neste ano em comissão especial da Câmara dos Deputados e deve ser decidido no próximo ano.

Para ele, o plano popular, defendido pelo Ministério da Saúde e refutado por órgãos de defesa do consumidor, deveria voltar ao centro do debate. “A sociedade e a própria imprensa discutiram isso de uma maneira que não era possível”, afirma.

Há dois anos, Freitas preside o setor da Unimed responsável pelos segmentos vida, previdência, odontológico, viagem e saúde. Atualmente, a seguradora conta com mais de 6 milhões de clientes.

Junto a outras entidades, ele tem se reunido em audiências públicas e reuniões da comissão especial responsável pelo PL 7.419/06. No dia 8 de agosto, uma terça-feira, apresentou propostas de alteração no projeto –dentre elas, a rejeição da ampliação do rol de procedimentos e da intermediação obrigatória por administradoras de benefícios.

Para Freitas, a saúde suplementar é mal gerida no Brasil. A aproximação do setor com o SUS, na sua opinião, seria positiva. “Traria benefícios para a população como um todo, muito mais do que pagar um ressarcimento aqui e outro ali”.