Com o objetivo de dar maior agilidade no atendimento e melhorar a eficiência na gestão dos gastos, seja no setor público ou privado, o Brasil está passando por um momento de transição para um novo sistema de registro de prontuário eletrônico, mas essa mudança vem ocorrendo de forma lenta, como já apontamos aqui blog com o TD “Prontuário Eletrônico do Paciente e os benefícios para o avanço da saúde”. O ritmo dessa mudança por aqui, contudo, não é diferente do que ocorreu nos EUA.

Mas quais são os primeiros sinais de melhora ou impactos negativos que podemos esperar ver nesse período de transição para os registros eletrônicos? O estudo “Adverse inpatient outcomes du-ring the transition to a new electronic health re-cord system: observational study”, publicado na 15º edição do Boletim Científico com o título “Resultados adversos em pacientes internados durante a transição para um novo sistema de registro eletrônico de saúde: estudo observacional”, traz algumas respostas a esse questionamento.

No artigo, é possível observar que, apesar das preocupações de que a implementação desse novo sistema poderia afetar negativamente o atendimento ao paciente durante o período de transição, não foram encontrados eventos adversos, readmissões ou qualquer associação negativa dessa implementação a curto prazo. Ao contrário, há uma melhora na qualidade do atendimento e na segurança do paciente com a implantação dos registros eletrônicos, evitando, por exemplo, pedidos de exames repetidos por médicos diferentes e a interação de medicamentos que não deveria ocorrer, mas que, infelizmente, pode acontecer quando os médicos de um mesmo paciente não conversam.

Assim, há motivos de sobra para apoiarmos essa transição.