Na saúde, as tecnologias exibem uma particularidade: sempre encarecem os custos e não o contrário, como é mais comum em outros setores econômicos. Isso porque elas têm um ciclo muito rápido de substituição, que antecede a redução dos preços, e quase sempre convivem com métodos mais antigos, em vez de substituí-los.
Nacional de Saúde Suplementar (FenaSaúde) convidou Rafael Kaliks, oncologista clínico do Hospital Israelita Albert Einstein e diretor do Instituto Oncoguia, e Daniel Wang, professor de Direito da Fundação Getúlio Vargas-SP, que participarão do painel “Incorporação de tecnologias a favor dos pacientes”, evento integrante da programação do Summit Saúde promovido pelo Estadão.
Rapidez e segurança
O caso brasileiro também cobra dos órgãos competentes maior agilidade nos processos de avaliação de tecnologias. Operadoras de planos de saúde e órgãos de apoio a pacientes de câncer, por exemplo, tentam discutir atualmente, junto com a Agência Nacional de Saúde Suplementar, formas de acelerar o processo de análise para incorporação de novas drogas para tratamentos oncológicos, com a necessária ATS e a garantia de segurança dos pacientes (veja quadro abaixo).
A pandemia causada pelo novo coronavírus tornou as discussões sobre incorporação de novas tecnologias ainda mais prementes no País, porque os governos estarão às voltas com sérias restrições fiscais ao longo dos próximos anos, a renda disponível da população tende a continuar caindo, e o mercado de trabalho caminha para uma maior informalidade, afetando a capacidade de contratação de planos de saúde privados.