Das dez faixas etárias analisadas na Análise Especial – Saúde Suplementar em Números, sete apresentaram queda em todo o país no período entre setembro de 2017 e setembro de 2016. No acumulado, Rondônia e Alagoas apresentaram a maior variação negativa entre os Estados, com queda de 5,7% e 5,3%, respectivamente.

Em todo o país, as faixas etárias com maior variação negativa foram de 24 a 28 anos, que apresentou diminuição de 5,7%, 19 a 23 anos, com queda de 4,4%, e 29 a 33 anos, com 3,2% de vínculos a menos. A queda total de números de beneficiários em Rondônia e Alagoas pode ser explicada pela forte diminuição nestas faixas etárias. Rondônia apresentou queda de 5,8% entre 19 anos e 23 anos e perda de 10,0% de vínculos de 29 a 33 anos. Já Alagoas registrou diminuição de 4,6% de 19 a 23 anos e baixa de 9,4% entre 29 e 33 anos.

Vale lembrar que a análise leva em consideração a variação proporcional de beneficiários. Deste modo, Estados com números absolutos mais baixos tendem a apresentar grandes variações. Estados brasileiros com elevado número de planos coletivos empresariais também apresentaram queda nessas faixas-etárias, como São Paulo e Rio de Janeiro.

O número de beneficiários de planos médico-hospitalares está diretamente relacionado ao desempenho da economia e o nível de emprego no país, já que os planos coletivos empresariais representam 67% do total de vínculos. Ou seja, as quedas nas faixas etárias no intervalo entre 19 e 33 anos representam exatamente boa parcela da população que perdeu o vínculo por eventual demissão. Para se ter uma ideia, a taxa de desemprego foi de 12,4% no 3° Trimestre de 2017, segundo dados da PNAD-IBGE.