A segurança do paciente é uma séria preocupação global de saúde pública. Há uma chance de uma em um milhão da pessoa ser prejudicada enquanto viaja de avião. No entanto, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), existe uma probabilidade de 1 em 300 de um paciente ser prejudicado durante os cuidados de saúde. Indústrias com maior risco percebido, como as indústrias de aviação e nuclear, têm um registro de segurança muito melhor do que os serviços de saúde.

Exatamente por isso, nossa missão não poderia ser outra no fomento do desenvolvimento dos sistemas de saúde no país, buscando promover a sustentabilidade da saúde suplementar pela produção de conhecimento do setor e melhoria da informação sobre a qual se tomam decisões. Foi com isso em mente que realizamos, em São Paulo, o Seminário Internacional “Qualidade Assistencial e Segurança do Paciente em Serviços de Saúde”. O principal objetivo do evento foi de incentivar a implementação de uma agenda nacional de dos indicadores para mensurar o desempenho da prestação de serviços de saúde no Brasil e estimular a troca de conhecimento e a aplicação de ações para a redução desse problema.

Na abertura do evento, Luiz Augusto Carneiro, superintendente executivo do IESS, mostrou que a transparência é um valor universal e todos querem saber mais com quem estão se relacionando, sejam empresas ou pessoas públicas. “Todos tendem a ganhar com essa agenda. Se por um lado, o paciente é empoderado com maior conhecimento e ganha poder de decisão para o melhor tratamento, de outro, o sistema fica mais seguro e eficiente”, comentou.

Para isso, Carneiro mostrou uma série de experiências internacionais nesse mesmo anseio, como o The Leapfrog Group. Ferramentas como o Hospital Compare, do governo americano, em que o paciente pode consultar online diferentes dados das instituições do Medicare; Dollars for Docs, que se baseia no Physician Payments Sunshine Act (PPSA) dos Estados Unidos, também conhecido como seção 6002 do Affordable Care Act (ACA), e mostra os ganhos que profissionais de saúde recebem da indústria farmacêutica e de dispositivos médicos.

“Estamos sintonizados ao desejo das pessoas”, apontou Carneiro. “Devido à importância da publicação que fizemos em 2016, chamada ‘Erros Acontecem’, resolvemos transformá-la em um Anuário para seguir nessa agenda pela segurança e transparência das informações em prol do paciente”, contou o Carneiro. Foi durante o evento que lançamos o 2° Anuário da Segurança Assistencial Hospitalar no Brasil, produzido pelo IESS e pelo Instituto de Pesquisa Feluma, da Faculdade Ciências Médicas de Minas Gerais traz números alarmantes acerca da assistência em saúde no Brasil.

Confira a apresentação de Luiz Augusto Carneiro na íntegra.