Esta semana, o Brasil voltou a reduzir a taxa de contágio do novo coronavírus e atingiu o menor nível desde o início da medição pela Universidade Imperial College de Londres, em abril: 0,9. É a segunda vez que o país alcança um índice menor do que 1, indicando que a pandemia perdeu força e entrou em desaceleração. Desde 16 de agosto, semanalmente, a taxa do país tem oscilado entre um pouco abaixo e um pouco acima de 1.

O índice, também chamado de Rt, mostra para quantas pessoas cada infectado transmite o vírus. A taxa calculada nesta semana indica que cada 100 pessoas contaminadas transmitem o coronavírus para outras 90,  em uma progressão decrescente. O dado reforça a tendência de queda nas curvas da Covid-19 no Brasil. Embora na classificação da universidade o país ainda esteja no patamar entre estável e crescimento lento.

A taxa brasileira é menor que a de países como Chile (0,96), Paraguai (0,97), Itália (0,98), Grécia (0,99), Alemanha (1,02), México (1,05), Rússia (1,05), Índia (1,1), Argentina (1,11), Portugal (1,24), Reino Unido (1,27), Canadá (1,32) e França (2,04). Por outro lado, é superior à da Austrália (0,42), Bélgica (0,63), Espanha (0,68), Peru (0,83) e Colômbia (0,86). A análise contém dados de 72 países com transmissão ativa do coronavírus.

Atualmente, o Brasil tem 4.455.386 casos e 134.935 mortos registrados pela doença. Nesta quinta-feira, 17, a média móvel de novas notificações da doença foi de 30.991,4 e a de novos óbitos de 773,3. A média móvel semanal é calculada a partir da soma do número de casos e mortes nos últimos sete dias, dividida por sete, número de dias do período contabilizado – o que permite uma melhor avaliação ao anular variações diárias no registro e envio de dados pelos órgãos públicos de saúde, problema que ocorre principalmente aos finais de semana.