Três em cada dez brasileiros deixaram de realizar check-ups ou consultas após o início da pandemia, mostra um levantamento da marca de benefícios de refeição e alimentação Ticket. Ao entrevistar mil profissionais, a pesquisa buscou mapear o impacto da covid-19 na vida e rotina de cuidados com a saúde dos brasileiros.

Quase um terço dos entrevistados disse que a frequência de check-ups e consultas de prevenção diminuiu e 28% não foram a consultas ou fizeram exames de prevenção. “Com receio de visitar unidades de saúde, os brasileiros aumentaram também o intervalo entre exames de rotina.

Metade dos entrevistados disse que mudou sua rotina por receio de se contaminar nas unidades de saúde, consultórios, clínicas, hospitais e laboratórios”, avalia Felipe Gomes, diretor-geral da Ticket. Apesar do crescimento dos serviços de telemedicina disponíveis, apenas 12% dos entrevistados, entre aqueles que buscaram algum médico na pandemia, recorreram de alguma forma a essa forma de atendimento.

Gomes também avalia que além do receio de contrair covid-19, a diminuição dos check-ups pode estar mais relacionada à saída de usuários de planos de saúde, divulgada no último ano pela ANS, do que com mudanças relacionadas especificamente com o home-office.

Em termos de benefícios, o levantamento mostra que a pandemia fez com que quatro em cada cinco pessoas considerassem ter um auxílio-saúde: plano, benefício ou desconto em serviços médicos. Entre os entrevistados, que são todos usuários de serviços da Ticket, seis a cada dez pessoas têm plano de saúde custeado, ao menos parcialmente, pelas empresas para as quais trabalham.

“Um quarto do total de respondentes tem o auxílio sem custos; 21% pagam uma parte do contrato; e 15% o têm sob o regime de coparticipação”, diz Gomes.