Entre janeiro e junho, foram consumidos 1,7% menos produtos médico-hospitalares do que no mesmo período de 2022. Os dados são do Boletim Econômico da Aliança Brasileira da Indústria Inovadora em Saúde (ABIIS). O segmento de “próteses e implantes – OPME” foi o único positivo, com 5,4% a mais de vendas. “Materiais e equipamentos para a saúde “caiu 1,2% e “reagentes e analisadores para diagnóstico in vitro” recuou 1,6%.

Apesar do saldo negativo, o mês de junho registrou alta de 10,3% na utilização de dispositivos médicos, o que pode indicar uma recuperação no segundo semestre. “O cenário geral exposto de sustentação do emprego formal, mesmo que em ritmo moderado de expansão, e de aumento no número de beneficiários de planos de saúde, contribuiu para a reação no mercado do setor de dispositivos médicos em junho”, analisa o diretor executivo da ABIIS, José Márcio Cerqueira Gomes.

No período, foram abertos 3.487 postos de trabalho, 2,2% de alta na comparação com os seis primeiros meses do ano passado. Agora são 164.929 trabalhadores neste mercado.

Já as importações de dispositivos médicos totalizaram US$ 3,4 bilhões, com crescimento de 1,5%. As exportações somaram US$ 365 milhões, um recuo de 7,1% no período em questão. A balança comercial, no primeiro semestre, ficou deficitária em US$ 3 bilhões (2,6% de aumento).

 Segundo o Boletim Econômico ABIIS, entre janeiro e junho, foram realizadas, no SUS, 5,6 milhões de internações, 7,4% abaixo do verificado no mesmo período de 2022. “As hospitalizações para tratamentos clínicos tiveram queda de 12,3%, não foram registradas internações para o tratamento da Covid-19, e houve queda de 15,5% nas hospitalizações para ‘parto e nascimentos’, no semestre”, detalha Gomes.

Também caíram 1,4% as internações para cirurgias no SUS. No total, foram realizadas 2,4 milhões, no primeiro semestre. Já a realização de exames na atenção ambulatorial na rede pública cresceu 6,8%, na comparação com os seis primeiros meses do ano passado. No total, foram realizados cerca de 577 milhões de exames. Aumentaram em 18,6% os “diagnósticos por ressonância magnética’ e 8% a realização de testes clínicos.