O médico alagoano Marcos Fernando de Oliveira Moraes, nascido no município de Palmeira dos Índios (AL), foi diretor do Instituto Nacional de Câncer (INCA) e idealizador da Fundação do Câncer, sendo presidente do Conselho Curador desde a sua criação. Foi presidente da Academia Nacional de Medicina e estimulou os projetos da Fundação do Câncer até seu falecimento. Moraes formou-se em 1963 em Medicina na Faculdade de Ciências Médicas da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) e em cirurgia oncológica na Universidade de Illinois (EUA). Tornou-se referência e participou de publicações e comissões na Ciência mundial. Foi representante oficial do Brasil na Organização Mundial de Saúde (OMS) quando o INCA passou a representante oficial do Brasil na Organização Mundial de Saúde (OMS) para o Programa Tabaco ou Saúde, tendo contribuído para a expressiva evolução da cessação do tabagismo no Brasil com a queda do percentual de fumantes. Além disso, valorizou e apoiou ações em Cuidados Paliativos.

A Fundação do Câncer acaba de anunciar que as inscrições para a terceira edição do Prêmio Marcos Moraes de Pesquisa e Inovação para o Controle do Câncer já estão abertas. Os candidatos podem se inscrever gratuitamente através do site da premiação por meio da categoria escolhida: Promoção da Saúde e Prevenção do Câncer, Cuidados Paliativos e Iniciativas para o Controle do Câncer. O Prêmio é destinado aos profissionais que desenvolvem projetos para o controle do câncer em território nacional.

A premiação visa reconhecer iniciativas inovadoras em andamento ou recém-concluídas para o controle do câncer no Brasil, com data de estruturação, implantação ou conclusão a partir de 1º de janeiro de 2018. As inscrições podem ser feitas de 17 de julho até 21 de agosto. Os primeiros colocados de cada categoria receberão R$ 10 mil e ainda terão seus nomes registrados no Painel Marcos Moraes, espaço destinado a pesquisadores que contribuem para o desenvolvimento da área oncológica e o controle do câncer no Brasil. Os autores dos trabalhos classificados em segundo e terceiro lugares também receberão medalha e certificado da premiação.

O epidemiologista e consultor médico da Fundação do Câncer, Alfredo Scaff, que está à frente da comissão organizadora, espera ampliar a participação regional este ano. “Pesquisadores de todas as regiões do país desenvolvem trabalhos importantes e têm potencial para participar deste Prêmio, que a cada ano vem se consolidando como referência nacional de reconhecimento de ações para o controle do câncer que vêm sendo executadas e estudadas por profissionais e instituições públicas, particulares e do terceiro setor nas mais diversas regiões do nosso país”, avalia.

De acordo com a Comissão Organizadora, a primeira edição do Prêmio Marcos Moraes recebeu trabalhos de sete estados do Brasil, a maioria deles da região Sudeste. Já no segundo ano, a premiação teve representantes de 13 estados. Além do grande número de trabalhos das regiões Sul e Sudeste que se inscreveram nas três categorias contempladas pelo Prêmio, houve inscrições de autores das regiões Norte e Nordeste. Os trabalhos inscritos no Prêmio Marcos Moraes 2023 serão avaliados por uma banca de pesquisadores, gestores e personalidades de destaque nas áreas das categorias abrangidas pela premiação. Os vencedores serão conhecidos em novembro.

Luiz Augusto Maltoni, diretor executivo da Fundação, acredita que essa iniciativa tem o potencial de salvar vidas e impulsionar avanços científicos. “Esperamos que essa premiação sirva de estímulo para que todos continuem trabalhando incansavelmente em busca de soluções inovadoras no controle do câncer no Brasil”, finaliza.