Vivenciando o setor de saúde suplementar desde o advento da Lei 9656/98, portanto, há cerca de 24 anos, temos avaliado que o conhecimento sobre o assunto, em relação à maioria dos usuários e até mesmo da imprensa não especializada, é pequeno ou até mesmo equivocado.

Assuntos como, sinistralidade, lucros, fraudes, judicialização, epidemias, dentre outros, chegam a um público restrito, fazendo com que o grande público não consiga entender razões de aumentos de parcelas mensais, rol de procedimentos, e as dificuldades que passam os planos para cumprir com todas as obrigações.

Vamos falar hoje sobre a SINISTRALIDADE, que é a relação entre as despesas assistenciais gastas pelos usuários e aquilo que é pago pelos usuários aos planos.

Entende-se que uma taxa de sinistralidade razoável deve ficar na casa de 70% e no máximo 75%.

Porque?

Porque os restantes 25% que sobrariam são para o pagamento de Despesas Comerciais, Despesas Administrativas, Despesas não Operacionais e Impostos e, a partir daí chegarmos ao Resultado Líquido;

Mas, observe o gráfico de evolução deste percentual desde o ano de 2002 até agora.

Vale ressaltar que temos algumas empresas cujo índice supera 100%. Impraticável.

Basicamente, os valores médios são superiores a 80%, crescentes, já atingindo a 90%, concluindo que sobram exatos 10% para todas as despesas não assistenciais que citamos acima.

E aí, o que sobra para uma empresa com altos investimentos e que se responsabiliza por vidas humanas. Compromete a sustentabilidade do setor.