Discutir soluções para evitar desperdícios e incrementar resultados em saúde por meio da apresentação de cases e de debates sobre o tema. Esse é o objetivo do evento que o Instituto Latino Americano de Gestão em Saúde (Inlags) promoveu em 05/12 no Rio de Janeiro.

Pela manhã, o diretor-presidente substituto da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), Leandro Fonseca, fez a palestra de abertura e abordou os desafios para uma dinâmica mais eficiente do setor e possíveis soluções via mercado ou via regulação.

Fonseca iniciou sua fala contextualizando o setor e a regulação. Quanto aos desafios para uma dinâmica mais eficiente do mercado, ressaltou três  pontos principais:

  1. Benefícios das forças competitivas são limitados pelo marco legal e pela regulação, o que dificulta uma saída ordenada dos ineficientes do mercado.
  2. Existem incentivos econômicos perversos que potencializam o risco moral e a sobreutilização inadequada dos serviços de saúde.
  3. A evolução demográfica e epidemiológica, além da incorporação difusa de novas tecnologias, pressiona os custos setoriais.

Para Fonseca, algumas soluções podem surgir via mercado ou via regulação. Destacou a importância dos incentivos econômicos adequados para os prestadores de serviços de saúde e os incentivos para a indução de novo modelo assistencial, com orientação ao beneficiário para uso da rede.

“O empregador precisa ter papel ativo nessa discussão para mudança de modelos assistenciais, já que quase 70% dos planos são coletivos empresariais”, afirmou, para em seguida finalizar sua fala ressaltando que “As mudanças setoriais precisam fazer sentido ao consumidor, aos  contratantes de planos de saúde e aos demais atores do sistema para que o modelo cuide da saúde das pessoas e não apenas das doenças”.