A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) promoveu no dia 23/11 uma oficina para esclarecer dúvidas das operadoras de planos de saúde sobre o Índice de Desempenho da Saúde Suplementar (IDSS). O evento contou com a presença de 170 representantes de quase 100 operadoras e teve transmissão ao vivo via Periscope para cerca de 1.200 expectadores. Na parte da manhã, os técnicos da agência fizeram apresentações sobre o tema e, na parte da tarde, os participantes puderam tirar dúvidas sobre os resultados preliminares do IDSS ano-base 2017.

Na abertura, o diretor de Desenvolvimento Setorial da ANS, Rodrigo Aguiar, explicou que, pela primeira vez, o IDSS utilizou dados do TISS como base de cálculo – em contraposição aos dados do SIP. “Com isso, temos dados mais fidedignos e claros para o cálculo do índice. Nessa oficina, portanto, buscamos esclarecer as dúvidas e explicar as razões pelas quais tivemos alterações nos resultados do IDSS relativos a 2017”, destacou o diretor.

Durante a oficina, Ana Paula Cavalcanti, gerente de Estímulo à Inovação e Avaliação da Qualidade Setorial da ANS, falou sobre a reformulação do IDSS, os pressupostos e as justificativas para a mudança. “O IDSS é o programa mais antigo de avaliação das operadoras, ele remonta a 2006. Recentemente fizemos melhorias para aprimorar a iniciativa e o TISS é a maior novidade. Cada vez mais, o TISS tem uma importância grande para alimentar a ANS de informações que possam levar a uma melhor regulação”, explicou.

O IDSS mede o desempenho das operadoras em 4 dimensões: qualidade da atenção à saúde, garantia de acesso, sustentabilidade no mercado e gestão de processos e regulação. O objetivo dessa ferramenta é ampliar a transparência e reduzir a assimetria de informação entre consumidor e a operadora, ajudando o consumidor na escolha do plano de saúde que deseja contratar ou trocar. Os resultados do IDSS ano-base 2017 ainda estão em processamento na ANS, e devem ser divulgados entre dezembro/2018 e janeiro/2019.

Júlio Di Maio, coordenador do TISS, fez uma apresentação para nivelar os conceitos e versões do padrão TISS. Ele falou sobre a correção dos dados, o arquivo de conferência e conceito de guias pendentes (que afetam os indicadores do IDSS). Júlio lembrou que a versão 3 do padrão TISS, após passar por aprimoramentos, está consolidada e hoje não apresenta mais problemas na incorporação de dados no sistema.

A coordenadora do IDSS, Rosana Neves, apresentou o detalhamento dos indicadores e falou sobre alterações efetuadas recentemente, padronização estatística e as principais críticas aplicadas aos indicadores. Explicou, ainda, que a pesquisa de satisfação dos beneficiários não é obrigatória e, se a operadora participa dos programas que oferecem bonificação, a não realização da pesquisa não oferece penalidade na nota.

Todas as dúvidas, críticas e contribuições apresentadas na oficina serão analisadas pela Diretoria de Desenvolvimento Setorial da ANS e discutidas oportunamente com os representantes das operadoras. A próxima reunião está prevista para o início de dezembro, durante o Encontro ANS Nordeste, que acontecerá em Natal (RN).

As apresentações sobre o TISS e o IDSS estão disponíveis no site da ANS.