Ainda segundo a Polícia Civil, uma mulher de 44 anos confessou o crime e funcionários da empresa de saúde também são suspeitos de participação nos crimes.

Em nota, a empresa informou que “a Unimed Juiz de Fora continua colaborando com as autoridades policiais e solicita que todas as vítimas do golpe procurem, diretamente, a operadora para que seja feita a análise e o melhor acolhimento de cada caso”.

A Polícia Civil investiga um possível golpe na venda de planos de saúde da empresa Unimed em Juiz de Fora. Segundo informações da corporação, até o momento, 52 vítimas foram identificadas na cidade e outras em municípios da região e no Rio de Janeiro. As informações foram repassadas durante uma entrevista coletiva nesta quarta-feira (16). (Veja abaixo os detalhes).

Investigações apontam que, até o momento, a prática criminosa causou um prejuízo de aproximadamente R$ 600 mil às vítimas.

A suspeita de cometer o crime de estelionato, na forma de crime continuado, é a mulher de 44 anos. Ela já foi ouvida pela polícia na terça-feira (15) e confessou as práticas delituosas. Alegou, ainda, que está com problema psiquiátrico e apresentou uma interdição judicial.

Conforme informações do titular da 3ª Delegacia de Polícia Civil, delegado Rodolfo Rolli, a mulher fazia divulgações de que vendia planos de saúde e, após a procura de interessados, firmava contratos com as vítimas. No entanto, não efetuava o pagamento de boletos dos planos.

Além disso, trabalhos investigativos apontam que supostos funcionários da cooperativa estariam envolvidos no esquema. Se comprovado, o caso será configurado, também, como associação criminosa.

“Os suspeitos serão intimados a comparecerem na delegacia e será solicitado junto à cooperativa que um representante compareça na unidade policial. Foi usado o nome da empresa, então entendemos que ela também seja vítima”, informou o delegado.

Segundo a autoridade policial, as apurações seguem em andamento. Após levantamentos e oitivas, será feito o pedido, junto à Justiça, de prisão cautelar de todos os investigados envolvidos na prática criminosa.

“Esse primeiro enquadramento feito pela Polícia Civil foi no artigo 171, do Código Penal, que seria o estelionato, na modalidade de crime continuado. Agora, a PCMG também investiga suposta participação de eventuais funcionários da cooperativa, configurando associação criminosa”, concluiu.

Vítimas

Além da suspeita, já foram ouvidas 10 vítimas até o momento. O total chega a 52 em Juiz de Fora e há também em cidades vizinhas como Ubá e Guarani e, ainda, no estado do Rio de Janeiro.

De acordo com o delegado Rodolfo, entre os lesados há a empresa: “Ela chegou a oferecer o plano de saúde empresarial e o prejuízo chega a, aproximadamente, R$ 90 mil”, afirmou.

Conforme exibido no MG2 na última semana, os usuários procuraram as autoridades depois de tentarem atendimento médico e descobrirem que o plano estava cancelado por falta de pagamento.

Segundo as vítimas, todos os pagamentos foram feitos, contudo, o dinheiro não foi repassado às operadoras dos planos.